O pobre noticiário televisivo que dispomos, tem se limitado a dias numa cruzada especulativa contra Temer. Exporemos alguns pontos para ilustrar nosso pensamento acerca do tema Temer. Todavia reitero que nem tenho procuração de defesa, e nem menos alinhamento ideológico com o então Presidente da República. Mas reconheço que sou um Constitucionalista ferrenho, e convicto que numa sociedade que cultua a democracia, deve-se acima de de tudo obediência ao ordenamento, a começar pela Constituição Federal.
Temer, cai ou não cai? Opiniões adversas a minha impõe um certo ódio, rancor e um tom de revanchismo. Porém recorro sempre a Constituição para balizar meu pensamento. E a Carta Magna responde-nos as possibilidade que temos para sair dessa grave crise política por que passamos.
A RENUNCIA, seria a mais fácil de todas, bastava uma canetada unilateral de Temer, e pronto... Estaria tudo resolvido. Todavia acho improvável que Temer o faça, visto que o mesmo é citado em várias delações, meio probatório de notada preferência do Ministério Público, e que certamente sem Foro, prerrogativa que o Cargo de Presidente tem, estaria frente a frente com o técnico mas impiedoso Sergio Moro.
O IMPEACHEMENT, certamente seria o caminho mais traumático, mas não creio muito na sua materialização, visto que Temer tem alicerce político no Congresso que o enraíza no trono. E não é pela zuada descontrolada de gatos pingados que um Parlamento conservador e egoísta irá se sensibilizar para sair da sombra. O impedimento certamente agravaria a crise, visto que segue um rito processual que demandaria tempo para ampla defesa de Temer, sendo relevante pensar que nosso Parlamento tem recessos no meio e no fim do ano, precisando este ser votado ordinariamente pelas duas casa, Câmara e Senado, e o recesso do fim do ano começa em Dezembro e finda-se em Fevereiro somente, o que pra população seria um desastre impedir um mandato, já tampão, que vai agonizar e parar o Brasil pelo menos até Fevereiro de 2018.
A AÇÃO NO TSE, seria o caminho mais sustentável, porém a Justiça Eleitoral iria, caso condenasse a chapa Dilma/Temer, dar um atestado de incapacidade para o sistema de escolha democrática e suas regras, e estaria dizendo que as contas de campanha foram aprovadas, mas os fatos posteriores demonstram que houve abuso de poder econômico. Ora, leitores, é hipocrisia múltipla se pensar em campanhas políticas regadas somente o que se é declarado a Justiça Eleitoral, esse conto de fadas faz vistas de mercador e aparta o que está declarado da realidade.
Temer ao meu ver pode escapar no fatídico julgamento, visto que sua prestação de conta pela regra anterior foi individualizada, e a prestação do comitê financeiro, ora atacado pela ação, tinha a frente um "pau mandado" de Dilma e do PT... É PRUDENTE AGUARDAR...
Afinal, cabeça de Juiz é território desconhecido...