Quem entrou um pouco nos livros de história, sabe que houve excessos no período ditatorial em que o regime militar deu as cartas por aqui. Relatos de torturas, censura a imprensa e a livre manifestação, quebra de preceitos e desrespeito a liberdades foram relatados, e a história nos conta como introdução a instalação da Democracia. Com o advento da Constituição de 1988, a Constituição Cidadã, materializou-se diversos direitos e garantias, em meio a uma sociedade de transigência em que estava agora arrodeada por uma Carta Magna que coibia de fronte os excessos, e priorizava garantias e deveres Constitucionais.
O Brasil pós 1988, e em meio a informação veloz, não se rende mais a excessos, é hoje uma democracia alicerçada em princípios e fundamentos que dificilmente serão afrontados.
Todavia, caiu a ditadura do porrete, mas instalou-se a ditadura da corrupção, que na primeira oportunidade de voto livre, os brasileiro colocam no poder Fernando Collor, posteriormente deposto pelo instrumento do IMPEACHMENT, e que regula até hoje equívocos administrativos e políticos em meio ao espirito democrático. A corrupção é um câncer... Generalizada e aparelhada no serviço público, que canaliza recursos oriundos da maior carga tributária do planeta para irrigar um sistema apodrecido que visa exclusivamente a perpetuação no poder...
Margeado pelo sistema, há choro por toda parte... Que seja nas filas dos hospitais, que seja no transporte público, que seja na escassa e raso sistema de ensino, que seja no saneamento básico, que seja na infra estrutura, que seja na preservação ambiental... Os governos democráticos instalaram uma ditadura da corrupção, uma hemorragia sem precedentes que carrega o dinheiro público para muitos lugares, menos pra onde ele de fato deveria ir, para o povo. Portanto, é visível que a ditadura da corrupção mata muito mais do que centenas de revoltosos com as praticas truculentas de outrora. A ditadura da corrupção é certamente mais cruel e sorrateira do que a do porrete, ela mata pela omissão, pela falta, pelo desvio de recursos que deviam está salvando vidas e não estrumando luxo de poderosos.
O Brasil, em meio a era da informação, precisa se libertar de dogmas, medos e incertezas... É preciso cultuar uma postura cobrativa e firme em torno da Constituição Federal. Precisamos de proximidade com nossos representantes, para cobrar deles ética, compromisso com o interesse público e zelo pela coisa pública. Temos grandes riqueza, grandes mentes e somos um país livre e precisamos ampliar isso, materializando a vontade soberana do povo nas urnas...
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