Alguns fatos isolados de profissionais que caracterizam inversão de papeis, ou distorção de personalidade, ou mesmo externalização de uma conduta diferente da proposta pela ética e norma que rege o desempenho profissional, nos agride de tal forma que chegamos a questionar se realmente o papel proposto por aquele profissional é de fato o praticado.
Em ação desproporcional sábado a noite em Nova Russas, o repórter da Rádio Seara, Técio Freitas, foi violentado na sua honra, agredido na sua cidadania, e mais, humilhado diante de terceiros. O ocorrido se deu pelo fato de está acontecendo uma blitz da Polícia Militar do Ceará, e que prefiro me ater somente ao caso direto do repórter, que segundo relatos teve sua honra atacada a troco de nada por policiais que ali estavam desempenhando uma missão no mínimo curiosa. Foi intimidado e indagado propositadamente que estava ali por que era oposição, e queria só olhar...
O papel desses Políciais, não devia ser o de proteger? Mas o que interessa ao Policial no desempenho da função, ao fazer uma abordagem, questionar, ou melhor, segmentar se o abordado é preto ou branco, católico ou evangélico, situação ou oposição? Afinal de contas, os policiais que ali estavam, não estavam representando uma corporação que defende margear a conduta dos cidadão? Fatos deploráveis como o ocorrido em Nova Russas, nos faz pensar se realmente vivemos numa sociedade livre de fato, se podemos mesmo expressar nosso pensamento livremente, se realmente temos o direito de questionar educadamente condutas distorcidas e que fogem ao ordenamento jurídico que nos rege.
Abusar da autoridade, ameaçar, constranger ilegalmente são crimes tipificados no nosso ordenamento, e que precisam ser levados ao conhecimento dos "profissionais" que estavam no acontecido em Nova Russas, pois acredito que os mesmos pensam que estão acima da lei. Precisamos, nós cidadãos, que pagamos o custo dessa policia ir para as ruas diariamente, ditar as nossas necessidade, e exigir um mínimo de austeridade e respeito as pessoas.
O Ministério Público de Nova Russas, mais uma vez cobrado por nós em assuntos públicos, a Corregedoria da Polícia Militar, que deve ser informada do acontecido, e o próprio Governador Cid Gomes, precisam coibir praticas abusivas semelhantes a ocorrida em Nova Russas no último sábado. Confio na NORMA, nos operadores dela, e no poder reivindicatório da população para que praticas como a de Nova Russas não se repitam, pois considero uma agressão não só a liberdade de imprensa, mais a cidadania, que nos dias de hoje custa tão caro.
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