terça-feira, 6 de outubro de 2015

A JANELA DA INFIDELIDADE...

Se visto do ponto de vista lógico a Lei nº 13165/15, ou popularmente chamada de Mini Reforma Política, é na verdade um emaranhado de medidas sem eficácia prática para o propósito fim que é a desoneração eleitoral. Tanto auê pra nada... Ou melhor, teve como propósito claro o que costumo chamar de Janela da Infidelidade, pois "nada"(Verbo Nadar) contra o fortalecimento das bases partidárias, que tornam-se cada vez mais instituições desacreditada e usadas como instrumentos de barganha pelo poder.
Tenho ponto de vista claro, pois acredito que a associação em torno de um Partido Político não pode ser pela obrigatoriedade e sim pelas convicções que nucleiam um propósito contido no espírito partidário. Defendo claramente que para ser votado o individuo não precise estar filiado a um Partido Político, assim como usamos esse direito para votar. Todavia reitero o texto Constitucional, e defendo que os Partidos Políticos devem existir, mas como instrumento de associação de pessoas com pensamentos e ideologias parelhas. É hipocrisia se filiar a um partido político apenas pela comodidade de abrigo para pleitear um cargo público, que muitas vezes é enxergado apenas como fonte de renda e proximidade com o poder.
A Mini Reforma Política é ao meu ver, uma desmoralização da instituição Partido Político, pois enquanto  Judiciário diz que os mandatos são dos Partidos, uma Lei subsequente vem abrir as porteiras institucionais dos Partidos para a politicagem barata atue com seu poder de barganha e interesse privado, e transitar livremente ao bel prazer das conveniências. Essa feira livre de mandatos, esquece-se que o Poder emana do Povo, e este na qualidade de representado pelos mandatários é esquecido nessa negociata.
Nossa produção Normativa é lastimável, sem qualidade e apegada ao interesse do capital. Não temos representantes do Povo, mas sim do dinheiro. Enquanto tivermos eleições inflacionadas, mandatos literalmente comprados, a venda escancarada de voto e a Justiça Eleitoral materialmente cega as prestações bizarras de contas de candidatos inescrupulosos, teremos sempre mandatos ilegítimos e financiados na sua maioria pelo dinheiro público desviado em alguma licitação dirigida. Precisamos tornar o processo de escolha, num processo isonômico, onde o capital se amofine diante de projetos, propostas e mentes dispostas a colaborar verdadeiramente para o crescimento dos municípios. 


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