A SEGUNDA CRISE
No ano de 1960 aconteceu um encontro em Bagdá
reunindo os cinco principais países produtores de petróleo do mundo, dos quais
quatro eram da região do Golfo Pérsico: Arábia Saudita, Iraque, Irã, Kuwait e
Venezuela. Apenas este último país representava a América do Sul. No encontro
os participantes acordaram pela criação da Organização dos Países Exportadores
de Petróleo (OPEP), a intenção era de protestar contra o achatamento do preço
do barril de petróleo praticado por um grupo de empresas petroleiras ocidentais, chamado de “sete
irmãs”. Este grupo envolvia as empresas Standart Oil, Royal Dutch Shell, Móbil,
Gulf, BP e Standart Oil da Califórnia.
Neste período a Venezuela despontava como o
primeiro país da América do Sul a ter qualidade de vida de primeiro mundo.
Na década de 1970 descobriu-se que o petróleo é um
recurso natural não renovável. Estima-se que em 70 anos o produto se esgote.
Tal descoberta fez o preço do produto se alterar, fazendo-o triplicar no final
de 1977. A OPEP já vinha diminuindo a oferta de petróleo desde sua criação para
alcançar os objetivos que tinha traçado e por causa disso uma série de
conflitos ocorreram com os países árabes integrantes da OPEP. Os conflitos
foram: a Guerra dos Seis Dias, em 1967; a Guerra do Yom Kippur, em 1973; a
Revolução Islâmica no Irã, em 1979 e a Guerra Irã-Iraque, a partir de 1980.
Em apenas cinco meses, entre outubro de 1973 e
março de 1974, o preço do petróleo aumentou 400%, causando reflexos poderosos
nos Estados Unidos e na Europa e desestabilizando a economia por todo o mundo.
É Justamente este momento que coincide com o fim do milagre econômico ocorrido
na ditadura militar no Brasil.
Este foi o principal motivo do fim da ditadura que
terminou com a anistia e a volta de regime democrático. Esquerdista, líderes
políticos se aproveitam deste fato para tirar o proveito e passar aos menos
informados que são responsáveis pela volta da democracia.
E terminou o regime militar sem derramamento de
sangue.
Veio então os governos Sarney, quando foi
promulgada a atual constituição, com o voto contrário da esquerda, e Collor que
foi democraticamente afastado e cassado.
Francisco Antônio Rosa
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