É enfadonho falarmos reiteradas vezes sobre a condução da saúde pública de Nova Russas e nada, ou praticamente nada ser feito para otimizar os serviços. Essa pactuação que o município de Nova Russas tem com Crateús é bizarra, uma anomalia gerencial sem precedentes. O trânsito e entrançado de passageiros com enfermidades graves de Nova Russas para Crateús e consequentemente pra Sobral é uma piada de mau gosto, um achincalhamento com a cara da população, que paga altíssima carga tributária, e tem de volta um serviço de saúde deficitário e inoperante se enxergarmos do prisma da celeridade.
A medicina hoje é toda embasada em exames, em diagnósticos que precisam de ferramentas para ser operacionalizada. Mas como atender essa demanda com uma fila de espera que tem o tempo como seu principal adversário? Quem tá pra morrer não pode esperar, é preciso termos um sistema de exames céleres, e que responda a contento a demanda. Mas como??? Infelizmente nosso principal problema não está nos profissionais, e sim no gerenciamento dos recursos, e na alocação de prioridades. Nova Russas não tem um simples aparelho de eletrocardiograma, que custa pouco mais de 3 Mil Reais como segue recorte abaixo:
É triste a realidade da saúde pública, e essa é piorada quando se falta sensibilidade com a aflição da população. Sobral é um polo em serviços de saúde, mas a coisa lá está estrangulada, os hospitais por mais que se façam estão sempre lotados, os exames cada vez mais difíceis de se fazer, e os laudos cada vez mais comprometidos e demorados de se chegarem a um diagnostico. A doença é voraz, não espera e leva a óbito pessoas que se tivessem um pouco mais de cuidado estariam em nosso meio.
A má alocação dos recursos públicos e o gerenciamento deficitário da coisa pública, sem eleger prioridades, mata mais do que o crime organizado. E mata de forma legal e ordeira, e ainda coloca a culpa em Deus. Sinceramente, é fato que precisamos de gerentes capacitados para conduzir a coisa pública, otimizando e cobrando resultados.
Gerenciar saúde pública se gastando mais em pneu do que em remédios é lamentável e mostra o despreparo para conduzir a coisa pública. Sou contra esse modelo de gestão da saúde pública que judeia com o paciente dentro de ambulâncias para cima e para baixo. Penso que saúde é pra se fazer com médicos compromissados e bem instrumentalizados e materiais e medicamentos. Como um mecânico concerta um carro sem uma chave de fenda? Assim um médico não pode operacionalizar saúde sem diagnostico, sem um exame que identifique mesmo que paliativamente os rumos a se tomas. Não podemos fazer e tratar saúde pública com achismos, se não contratemos "índios" ue tem a sabedoria dos seus ancestrais que fundamentava-se nas crenças deles.
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