Desde a
década de 60, em minha juventude e já em situação de tirar conclusões sobre
fatos e acontecimentos, vi passar por três crises financeiras nosso País e com
mais esta atual, que não sabemos onde vai desembocar, não gostaria de ver uma
quinta em meus anos terrenos.
No dia 13
de março de 1964, data da realização de comício em frente à Estação Central do
Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, perante trezentas mil pessoas, Jango
decreta a nacionalização das refinarias privadas de petróleo e a desapropriação,
para fins de reforma agrária, de propriedades às margens de ferrovias, rodovias
e zonas de irrigação de açudes públicos. Desencadeou-se uma crise no país, com
a economia já desordenada e o panorama político confuso.
Até 1964
a política econômica consistiu na substituição das importações, para estimular
a economia doméstica, continuada mesmo com o revezamento de presidentes. Do
período de 1961 a 1963, houve problemas como escassez de alimentos, aumentando
seus preços, gerando hiperinflação e trazendo a atenção do governo brasileiro
ao setor agrícola.
Houve
então um movimento de reação, por parte de setores conservadores da sociedade
brasileira – notadamente as Forças Armadas, o alto clero da Igreja Católica e
organizações da sociedade civil, apoiados fortemente pela potência dominante da
época, os Estados Unidos – ao temor de que o Brasil viesse a se transformar em
uma ditadura socialista similar à praticada em Cuba, após a falha do Plano
Trienal do governo de João Goulart de estabilizar a economia, seguido da
acentuação do discurso de medidas vistas como comunistas na época, tais como a
reforma agrária e a reforma urbana. Inúmeras entidades anticomunistas foram
criadas naquele período, e seus discursos associavam Goulart, sua figura e seu
governo, e o "perigo comunista" ou "perigo vermelho".
Esse
conjunto de fatores influenciou de forma considerável a implantação do
posterior regime militar.
Os anos
de ditadura que se seguiram começaram com esta crise político/econômica e o
MILAGRE ECONÔMICO da década de 70 ajudou ao regime a se manter no poder. Não
foram os movimentos de esquerda que desestabilizaram o regime. Muitos
brasileiros não concordavam e não concordam até hoje com as ações da esquerda.
Anos de tortura, censura, falta de liberdade começaram com a política econômica
equivocada dos governos anteriores que culminou com a ditadura.
A
PRIMEIRA CRISE desembocou no regime militar.
Francisco Antônio
Rosa
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