Fonte: Facebook |
Estudando a situação política de nosso
País, venho informar que a esperada renovação da classe política brasileira,
após o impacto gerado pelas delações da empreiteira Odebrecht e JBS, deve
privilegiar candidatos "ricos" e que "atingem grandes
massas", como empresários e lideranças religiosas.
Isso porque, como o custo da campanha
eleitoral continua sendo muito alto e as empresas estão proibidas de doar,
tendem a ter melhor desempenho nas urnas aqueles com maior acesso a recursos
financeiros e com imagem mais consolidada junto ao público.
Embora haja uma grande expectativa de
mudança, frente ao que chamam de "derrocada da velha política", o
grau de renovação vai depender da combinação de outros fatores.
"A renovação só será possível se
houver novos nomes em número suficiente e se os partidos vão perder o controle
dessa oferta (de nomes). Até agora, esse controle é muito forte, uma vez que o
custo das eleições no Brasil continua sendo alto."
"Possivelmente, veremos um
processo mais fragmentado por causa do desgaste da elite política tradicional,
mas só se essa combinação de fatores acontecer. Caso contrário, veremos os
mesmos nomes, talvez ocupando postos distintos" e não acredito que os
deputados com processos no STF deixem de concorrer e desaparecer da cena
política. Devemos esperar uma readequação dos objetivos desses candidatos. Eles
devem concorrer a cargos menores", opina Luciano Pontes, Servidor Público.
Se o sistema aprovado pela reforma
política for da lista fechada, o voto é destinado ao partido, que, por sua vez,
determina qual parlamentar vai ocupar a cadeira no Parlamento.
"É um casuísmo sem tamanho. Sem
dúvida, o objetivo é blindar esses políticos investigados da ira da população e
garantir a permanência deles". Este modelo de lista fechada já funciona em
outros países e apresenta vantagens, mas neste momento, se aprovado, engessa a
composição do Congresso e privilegia aqueles que estão sendo acusados de
corrupção."
"A lista fechada protege os
políticos tradicionais. Não se trata de uma discussão do que é melhor, mas do
que eles podem fazer para livrar a própria pele".
Por isso concluo que toda a sociedade
acompanhe e valorize o seu voto, pois é o futuro da nação que estará em
questão.
Luciano de Sousa Pontes
Servidor Público e Professor
Universitário.
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