O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim
Barbosa, ainda tem uma pontuação modesta quando colocado como candidato
ao Palácio do Planalto: só 15%, segundo o Datafolha.
Mas Barbosa se aproxima de uma quase unanimidade nacional quando toma
decisões sobre o caso do mensalão. Para 86% dos brasileiros, o
presidente do STF agiu bem ao mandar prender os mensaleiros condenados
no feriado de 15 de Novembro, dia da Proclamação da República. O dado é
da pesquisa Datafolha realizada nos últimos dias 28 e 29, em todo o
país.
O mais interessante é quando esse dado é estratificado por
preferências partidárias. Entre os simpatizantes do PT, 87% dizem que
Barbosa agiu bem ao mandar prender os mensaleiros no feriado. Como a
margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, seria um erro
dizer que o apoio às prisões entre petistas (87%) foi maior do que a
média entre todos os entrevistados (86%). Há aí uma situação de empate
técnico.
Já entre os adeptos do PSDB, o percentual dos que apoiam a ação de
Barbosa é mesmo bem acima da média nacional. Para 99% dos tucanos o
presidente do STF agiu corretamente.
O Datafolha quis saber também se os brasileiros tomaram conhecimento
do episódio das prisões dos mensaleiros. A imensa maioria (82%)
respondeu positivamente.
Como houve muita controvérsia a respeito da data das prisões e da
forma como foi efetuada a ação, com ampla divulgação pela mídia, o
Datafolha elaborou uma terceira questão. Perguntou se Joaquim Barbosa
tomou a decisão “para se promover pessoalmente” ou se “agiu de acordo
com a Justiça e fez o que deveria ser feito”.
Para decepção de vários integrantes da cúpula do PT, a resposta da
maioria dos entrevistados pelo Datafolha foi a favor de Barbosa. Para
78%, ele “agiu de acordo com a Justiça”. Outros 10% acham que ele
desejou se promover. E 12% disseram não saber opinar.
Entre petistas, vai a 80% a taxa dos que acharam que o presidente do
STF “agiu de acordo com a Justiça”. O percentual sobe para 84% entre os
que tomaram conhecimento do episódio.
(Informações Folha de S. Paulo)
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