Em artigo enviado ao Blog, o Administrador e Secretário Geral
do PPS Ceará, Herbert Lobo, avalia a disputa presidencial em outubro
próximo. Confira:
Entre analistas políticos, agentes partidários e os eleitores mais
atentos a vida pública brasileira, há pouca ou nenhuma dúvida que a
eleição presidencial será decidida em dois turnos.
Essa convicção, de que a eleição terá dois turnos, não advém apenas
do histórico das últimas três eleições presidenciais, onde todas foram
ao segundo turno. Mas, em especial, pelo atual quadro político nacional.
Os eleitores brasileiros querem mudanças, estão decepcionados com os
políticos de um modo geral, porém mais decepcionados ainda com os que
hoje ocupam o poder. Essas eleições serão presididas pelo signo das
mudanças e não do continuísmo.
Segundo a última pesquisa Datafolha, do universo de 17% dos eleitores
que dizem conhecer os três principais candidatos a presidente: Dilma
Rousseff, Eduardo Campos e Aécio Neves; a atual presidente, num eventual
segundo turno, perderia a eleição para ambos os concorrentes.
No segundo turno, contra Aécio, Dilma teria 31%, já o senador mineiro
47%. Dilma repete o mesmo índice ao disputar com Eduardo, o
ex-governador pernambucano alcançaria 48%.
Vale ressaltar que, agora, em plena pré-campanha, haverá cobertura
diária dos grandes veículos de comunicação sobre o dia-a-dia dos
principais pré-candidatos. Além da mídia espontânea, teremos 45 dias de
rádio e televisão que popularizarão todos os candidatos. Ou seja,
chegaremos ao dia 5 de outubro como todos os candidatos amplamente
conhecidos pelo conjuntos dos eleitores.
Mas, antes de pensarem no segundo turno, os pré-candidatos, precisam resolver o primeiro, inclusive Dilma.
Ainda em relação aqueles 17% do eleitorado que tem conhecimentos
sobre três pré-candidatos, no primeiro turno, Eduardo lidera com 28%,
seguido por Dilma, com 26% e Aécio que registra 24%.
A preço de hoje, nenhum dos pré-candidatos a presidente tem vaga
garantida no segundo turno eleitoral, mas, a mudança no comando do país,
antes tida como uma possibilidade pouco provável, começa a ganhar
contornos de irreversível.
Fonte: Eliomar de Lima
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