POR QUÊ NÃO QUERO ENXERGAR?
Confesso que sou extremamente politizado... e, por vezes, quase sem querer, ponha-me a externar dentro do meu subconsciente essa célula turba que atormenta a razão. Sou puro na essência, mas não posso admitir que eu mesmo faço-me de tolo... basta!
Cruzamos hoje com a linha tênue da decisão. De puder escolher aquele que, inconscientemente, dará regras a nosso viver. . . Mas, com minha razão, será que não posso decidir se sei decifrar minha própria escolha?
Vou-me pelo despojado alheio pensamento raso da minha criação... que me traz surpresa, por não sofrer. . .
Mas estou, verdadeiramente, falando de vida, de razão e de viver. . . e, óbvio, do sofrer!
Não mais poderemos aceitar silente a roleta estridente do som cálido e insuportável da corrupção: "Vamos lá, tem três, dois é teu um é meu."
E eu que era puro. . . mas, eles? Dizem que é normal. . . ??? Normal é pecar; e se eles pecam? Normal é trair, e se todos traem? Normal é ser indigno no clamor dos anormais? Sou então a excrescência da liquidez espúria da escolha?
Mas, graça que veio a verve de um "tolo" e diz em voz apurada que eu estou equivocado? Quiçá não devo me "morder" pelas espúrias veias do sofrimento constante; pois a verdadeira "verdade" é a que todos somos iguais. . ., ou não? Todos somos desonestos, traidores e infiéis, ou não? Mordo-me em mim!!! Será que o ser que habita cá dentro em mim esse homem espúrio, extravagante e que não revela amor?
Perfilo perspicaz a veia aberta da decência, da pureza de insistir em ser "gente", em imaginar-me no seleto clube dos que amam e se deixam amar! Ejaculo a insistência do "amar", sem me preocupar com a indecência de enganar os outros sem pensar que o primeiro enganado é você mesmo! O espelho é o espectro da alma! Por isso é de bom tom, regrar-se a si, olhar-se de novo, e revelar-se em si...
Insisto em não ir aos pensamentos dos comuns que, ser igual é corresponder ao princípio de que todos são reles desonestos e, irremediavelmente, impuros...
Prefiro ser-me EU!
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