segunda-feira, 13 de outubro de 2014

SUBIDA DE AÉCIO PODE PUXAR EUNÍCIO...

Se o candidato Aécio Neves (PSDB) conseguir reverter a diferença em relação a presidente Dilma Rousseff (PT) no estado do Ceará, o candidato a governador Eunício Oliveira (PMDB) pode ser beneficiado. Essa é a avaliação do cientista político Antônio Lavareda, entrevistado pelo portal Tribuna do Ceará. Dilma teve 68% dos votos no estado, enquanto Aécio ficou com 15%. Para Lavareda, embora Eunício declare apoio a Dilma, a vinculação da imagem dele à do senador eleito Tasso Jereissati (PSDB) amarra um possível crescimento de Aécio à campanha de Eunício.
Isso por que Tasso é uma dos cabos eleitorais mais importantes de Aécio Neves do Nordeste; e assumiu a função de coordenador da campanha do senador mineiro na região, neste segundo turno. “Se a Dilma liderar por uma larga margem, essa liderança redundará em benefício do candidato de seu partido, mas se essa vantagem for estreitada ao longa da campanha, dentro do estado, isso obviamente beneficiará o candidato adversário, que embora apoiando Dilma tem também o apoio do PSDB no estado através do senador Tasso”, afirmou Lavareda.
Ele observa que o apoio de um candidato federal a um postulante local é mais eficaz que a situação inversa. “A influência de dá sempre, ou quase sempre, de cima para baixo; das chapas nacional para as chapas estaduais”, afirmou. Na última vez que esteve no Ceará, Em declaração ao jornal O Povo, Aécio Neves afirmou apóia Eunício para governador do estado. Nas pesquisas, Aécio largou com vantagem numérica sobre Dilma Rousseff, nas pesquisas Ibope e Datafolha para o segundo turno. Nos dois levantamentos, o placar é de 51% a 49%, com vantagem para Aécio, considerando os votos válidos.
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Eleição “​estadualizada”​ - O professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e cientista político Valmir Lopes considera improvável o crescimento de Aécio no Ceará. “Se isso acontecesse, de forma surpreendente, o Eunício poderia passar para o barco do Aécio. Mas eu não acho que isso ocorra. No caso do Ceará, para que essa situação se inverta, é muito difícil. No Brasil, o Aécio pode passar Dilma nas pesquisas. Mas no Ceará é difícil porque aqui ela tem mais de 60%”, avaliou.
Para Valmir, o fato de a eleição no Ceará ser “estadualizada” – sem o engajamento forte de candidatos a presidente em qualquer campanha – dificulta o beneficiamento de candidatos locais pela eleição nacional. “O Eunício, por exemplo, durante toda sua campanha (no 1º turno), ele não federalizou a eleição. A eleição do Ceará tem essa particularidade, que não se viu em 2010; a eleição está completamente estadualizada”, afirmou o especialista.

Fonte: Tribuna do Ceará

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