Ainda faltam dois meses para o final de 2013 e o Ceará já superou a
marca de 1.000 transplantes. Até a manhã desta terça-feira (29), foram
realizados no Estado 1.044 transplantes. É o terceiro ano que o Ceará
ultrapassa a marca de 1.000 transplantes. A primeira vez foi em 2011,
com a realização de 1.297 transplantes. Em 2012, foram feitos 1.269
transplantes.
terça-feira, 29 de outubro de 2013
A MERETRIZ
Essa mulher de face encaveirada
Que vês tremendo em ânsias de fadiga
Estendendo a quem passa a mão mirrada
Foi meretriz, antes de ser mendiga.
Em breve fugiu-lhe a sorte airada
A mocidade, a doce quadra amiga
E ela se viu pobre e desgraçada
Antes de tempo, a tanto o vício obriga.
Ontem, do gozo e da volúpia ardente
Fosse a quem fosse dava a qualquer hora
O seio branco e o lábio sorridente
Hoje, triste sina, embalde chora
Pedindo esmola àquela mesma gente
Que de seus beijos se fartara outrora.
(Padre Antônio Tomás)
domingo, 27 de outubro de 2013
NOVARUSSENSES - HOMENAGENS (IN MEMORIAM)
1. - Tabelião TEMÓTEO FERREIRA CHAVES - Vereador - Presidente da Câmara Municipal de Nova-Russas - legislatura 55/59 e Mesa Diretora 58/59 - Prefeito (efetivo) - curta passagem pelo Poder Executivo Municipal - (interino) - 15 de fevereiro à 25 de março de 1959. - Candidato à Deputado Estadual - PSP(?) - nas eleições gerais de 1962 - ficando na suplência. Se integrou à história política de Nova-Russas como personalidade ativa do município -.
2. JOSÉ ADALBERTO GOMES - Contabilista e Comerciante - mérito de simplicidade e honestidade - "meritório ímpar" - foi um cidadão que honrou a cidade.
Fonte: Facebook - Antônio Scarcela Jorge
sábado, 26 de outubro de 2013
"NOVA RUSSAS BEBENDO LAMA???"
Tem um dito popular que diz o seguinte: "Não reclame da sua vida, por que ela pode piorar". Notadamente a população de Nova Russas já conta com um deficitário sistema de saúde pública, mais isso pode se agravar muito, se a população não acordar para cobrar das autoridades competentes uma postura enérgica e rápida para resolver o problema da qualidade da água que consumimos.
Segue abaixo o preocupante laudo encomendado pela VOZ ATIVA, que contesta que a qualidade da água consumida em Nova Russas é IMPROPRIA para o consumo humano. E isso é de interesse público, onde solicito do Ministério Publico que haja o mais breve possível nesse caso, antes que tenhamos em Nova Russas uma epidemia ou problemas mais graves causados pelo consumo desta água.
De outra ótica, se tem a questão que narra a relação de consumo do SAAE com a população que paga sua conta de água em dia, e que está comprando GATO POR LEBRE. Ou seja, a população paga por uma água pelo menos com recomendações de consumo, e recebe em suas casa uma diferente da contratada. Seria bom a população atentar para isso.
Vejamos os laudos abaixo, contratados pela VOZ ATIVA:
DEU NO SITE VOZ ATIVA...
É com muita tristeza que vejo comentários infelizes e carregados de interesses alheios ao do povo como o abaixo. Não conheço a pessoa do vereador em questão, mais quero acreditar que tenha sido somente um comentário infeliz, e não um pensamento do nobre parlamentar.
Ao meu ver a POLITICAGEM é carregada de barganhas pessoais e de interesse alheios ao do povo. Como pensar no bem comum, nas possibilidades do governo em realizar com propósitos públicos, se temos em nosso poder fiscalizador, teoricamente, pensamentos retrogrados de achar que a politicagem é necessária para a política.
Temos que abolir o que mais atrapalha o desenvolvimento de Nova Russas, que é a politicagem da barganha e da defesa do interesse próprio. Comungo com a fala no texto da vereadora Toinha, que se manifesta e se posiciona na Câmara como verdadeira defensora do interesse público.
Temos que abolir o que mais atrapalha o desenvolvimento de Nova Russas, que é a politicagem da barganha e da defesa do interesse próprio. Comungo com a fala no texto da vereadora Toinha, que se manifesta e se posiciona na Câmara como verdadeira defensora do interesse público.
CURTAS: VEREADOR DE NOVA RUSSAS FALOU QUE POLITICA SEM POLITICAGEM NÃO É POLITICA
VOZATIVA 23 DE OUTUBRO DE 2013 0
Na última sessão da Câmara Municipal de Nova Russas o vereador Zé Roberto (PSD) em seu uso da palavra afirmou que a política precisa ter POLITICAGEM.
E ao usar essa expressão o representante do povo levantou indignação da plenária e dos munícipes que estavam presentes na sessão. Tudo isso se deu quando vereador rebateu as palavras da vereadora Antônia Carvalho (PTC) Toinha do Capitão, que falou da falta de política verdadeira, e pediu que acabassem com a politicagem e picuinhas que existem naquela casa. Na ocasião o vereador parabenizou o gestor municipal e elogiou os investimentos na Saúde.
ONDE ESTÁ O INTERESSE PÚBLICO???
Em cada ação da atual administração de Nova Russas,
vejo menos o interesse público sendo priorizado. Fato este comprovado pela
infeliz ação sincronizada em que foi orquestrada um contra ataque desesperado
na última sexta-feira. Onde ficou o interesse do povo de Nova Russas???? A quem
interessa as mágoas pessoais dos lados???? Pura politicagem barata...
Como admitir que homens públicos, secretários, que
são pagos com o nosso dinheiro, se utilizem da condição de gestores para
descaracterizar, e não explicar, as denuncias ora postas pelo TCM e pelo o
Ministério Público. Saliento que o TCM não teria transformado as denuncias
feitas pelo Sr Marcos Alberto em Tomadas de Contas Especiais, caso as mesmas
não tivessem de fato um conteúdo substancial.
Relembro que a condição do denunciante, se encerrou
apartir do momento que o TCM viu nas referidas denuncias algo de palpável,
senão, repito, não teria as transformado em Tomadas de Contas Especiais. As
denuncias não são mais feitas por Marcos Alberto, mas agora pelo MP do TCM. Deveria sim os nobres gestores voltarem a
mesma emissora e rebaterem todas as denuncias, uma a um, mais não simplesmente
tentar de forma desesperada, e movida pela defesa do pão, descredenciar o
denunciante de muitas destas. Estamos interessados Senhores gestores em olhar
cada vez mais pro para-brisa, mas quando não se tem nada a apresentar neste, se
costuma ter o olhar sempre preso ao retrovisor.
Lembro também que o denunciante de muitas das TCEs
que está questionando a lisura da Administração Pública de Nova Russas atual, é
na sua essência um condenado sem julgamento. Toda a população acompanhou o sufrágio
do Sr Marcos Alberto, que foi tirado do cargo de Prefeito a troco de nada, isso
mesmo, NADA, já que quando se aponta e se apedreja, se deduz que se faça pelo
menos melhor. O que não foi visto em Nova Russas, já que o Ex e o atual prefeito
não mostraram a população para que queriam tanto tirar Marcos Alberto, de quem
eram aliados. Seria um simples projeto de PODER PELO PODER? O tempo nos
responderá melhor...
Mas o fato é que as ações sincronizadas, tem um
único e claro objetivo: Tirar o foco. Onde só vejo uma única forma de se tirar
o foco das criticas da administração, que seria tirando-a da total inercia que
se encontra... Isso mesmo, só pararemos de cobrar, de mostrar e fiscalizar,
quando vermos nessa nova gestão algo de produtivo de fato para o povo, e não
simples maquiagens para esconder a ineficiência do governo e a sua inoperância
para que se propôs.
Não admitimos mais uma cidade como Nova Russas que
arrecada por ano mais de 40 MILHÕES de reais, sofrer com mazelas, do tipo
faltar remédios num hospital, ou carregar alunos em carros próprios para
carregar animais, enfim, luto aqui por uma Nova Russas mais justa e menos
politiqueira.
MUDA DE IDADE HOJE...
A minha amiga Liana Cajazeiras Dias Branco. Brincadeiras a parte, lhe desejo uma feliz data, e que o DEUS todo poderoso derramem sobre você bençãos sem medidas.
Parabéns!!!
EXCELENTE TEXTO DO COMPETENTE COMUNICADOR LUIZ AUGUSTO...
ATÉ ONDE VAI???
Antes de ser profissionais, no meu caso de imprensa, você seja qual for a sua atividade e, recaiam sobre nós os deveres que a constituição nos impõe, entre os quais o compromisso de respeitar as individualidades, somos cidadãos, pagamos impostos, sabemos interpretar o que vemos, ouvimos e temos entendimento para analisarmos certas situações.
Como radialista, militante do jornalismo sou obrigado a acompanhar os fatos e a estar informado. Pesa sob meus ombros o dever de ser imparcial, todos esperam isso de mim, embora muitos, não estejam dispostos a agir da mesma forma, mas, tenho o direito como cidadão, atuante e morador dessa cidade de fazer alguns comentários relacionados aos últimos acontecimentos em Nova Russas.
Representantes da atual administração do município ocuparam espaço em rádio local, segundo os mesmos para nominarem, como de fato fizeram, os autores das denuncias contra o prefeito Gonçalo Diogo no TCM e na PROCAP respectivamente, mas, deixando um pouco de lado os responsáveis por ‘tais denuncias’, vamos analisar a maneira como tudo foi feito. O que mais chama a atenção é a tentativa de desqualificar quem denunciou o que obviamente não exclui o fato dos referidos órgãos as terem recebido e tenham transformado a maioria delas em TCES, (tomadas de contas especiais), Instrumento de que dispõe a Administração Pública para ressarcir-se de eventuais prejuízos que lhe forem causados, sendo o processo revestido de rito próprio e somente instaurado depois de esgotadas as medidas administrativas para reparação do dano.
O mais lamentável é a tentativa de ludibriar a opinião publica, divulgando realizações feitas pelo estado, no município como: A água do lajedo e a do distrito de irapuá e atribuir isso a prefeitura, quando todos sabem não ser verdadeiro, numa tentativa desesperada de justificar a inércia e a incompetência com que essa administração trata o dinheiro publico. Olhando rapidamente o portal da transparência podemos de fato ver quanto foi gasto dos recursos dos cofres municipais em obras. Em dez sofridos meses só R$ 125.000,00 (cento e vinte cinco mil reais). Plagiando o contador Mário Henrique, “Os números falam, a contabilidade é uma ciência social”.
Não dá prá tapar os olhos como querem alguns dos que se locupletam do poder, em detrimento do sofrimento da maioria do povo de Nova Russas que padece e sofre as conseqüências do desastre administrativo que aí está. Vamos ver então, se o cabide de emprego em que se transformou a prefeitura, cuja, folha chegou a 70% da receita corrente líquida do município e mais recentemente, a 61%, a falta de saúde, os problemas envolvendo a educação, a água podre que os novarussenses pobres estão bebendo, também são infundados.
Já nem falo dos problemas que o atual prefeito e seu vice têm no âmbito da justiça eleitoral, porém espero... Se o desfecho de tudo for favorável ao gestor desse município que o mesmo assuma de fato a prefeitura e que trabalhe para resolver os problemas do povo razão pela qual foi eleito, ao invés de se esconder e utilizar-se de terceiros para atribuir aos outros o fiasco que é até aqui a sua administração.
Fonte: Blog do Luiz Augusto
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
BREVES...
... Em Nova Russas o assunto de hoje foram as ações sincronizadas em rádios, carros de som e internet do atual grupo situacionista sobre a condição em que se encontra a administração, e todas as Tomadas de Contas Especiais que estão sendo investigadas pelo TCM e pelo Ministério Público...
....Não seria melhor explicá-las, ao invés de descaracterizar o denunciante???? O que menos importa pra a população é quem gritou primeiro, mais sim...
... Gostei muito da segurança do Secretário de Administração que foi enfático em dizer que TODAS as denuncias são infundadas... Então pra que tanta preocupação com elas???
... Um fato pitoresco acontece em Nova Russas, e que vou sugerir pro meu amigo da Cruz Vermelha Julio Cals, Só em Nova Russas podemos ver o exemplo de se trabalhar no serviço público de forma voluntária... É DE FATO UM EXEMPLO A SE COPIAR...
... Ao incitar o discursozinho ensaiado contra o grupo dos 20 ANOS que administraram Nova Russas, o atual prefeito deveria se olhar no espelho e a sua volta, pois sua parentela e seus pares sempre foram deste mesmo grupo dos 20...
... Aliás, quem que milita na politica de Nova Russas, com raríssimas exceções, não tiveram ontem ao lado do Acácio ou do Chico???
... Enfim, como explicar o inexplicável??? Como dar textos decorados para locutores destrincharem um rosário de obras, quando os números, que são exatos dizem que Nova Russas em 9 meses arrecadou mais de 28 milhões e só gastou 110 mil em obras???
... A preocupação dos governistas Novarussenses é tão grande, que não sabem se é melhor uma topada pelo eleitoral, ou pelo o administrativo...
... Conselho de amigo: Pelo Eleitoral doí menos, é menos sofrido, além do que... Vamos aguardar!!!
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
SALÁRIO MÍNIMO DO ADMINISTRADOR SERÁ DE R$ 4.500,00
O
Diretor de Fiscalização e Registro do Conselho Regional de
Administração, Administrador Clóvis Matoso, participou de uma audiência
pública, em Brasília, em 28 de agosto, onde foi discutido o Projeto de Lei
6954/2010, de autoria do Deputado Sandro Mabel (PR-GO), que estabelece o
piso salarial nacional do Administrador. A audiência, realizada pela
Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, por
requerimento n° 226/2013, da relatora e Deputada Flávia Morais (PDT-GO),
teve o objetivo de obter esclarecimentos e considerações das entidades
representativas dos Administradores – Confederações, Federações e
Sindicatos.
Na
ocasião, a Deputada Flávia Moraes, relatou a importância da
Administração e a instituição do salário mínimo do Administrador, visto
que, de acordo com o texto original do PL, o piso da categoria seria
fixado em R$ 1.484,58 - valor aprovado em 2010, no Rio de Janeiro,
determinado na Lei 5.950, graças a uma forte atuação do SINAERJ sobre
os parlamentares. Uma conquista histórica para os Administradores do
estado do Rio de Janeiro. Entretanto, a relatora da matéria na Comissão,
deu a palavra aos membros sindicais para definir um piso que pudesse
satisfazer as instituições e trabalhadores do setor.
Presentes na audiência estavam as seguintes entidades sindicais dos Administradores:
SINDAECE, SINAERJ, FEBRAD, FENAD, SINAGO, SAERO, INASA, SINAEP, CNPL,
CFA e CSB. Junto à relatora, propuseram que o piso para o salário mínimo
nacional dos Administradores gire na casa de R$ 4.500. Segundo a
Deputada, esse valor também havia sido aprovado na Comissão que tramita
no Senado, de autoria do Senador Delcídio do Amaral.
Depois
da audiência, Flávia Morais, informou aos presentes que apresentará um
substitutivo à matéria principal para alterar o piso para R$ 4.500 e, em
seguida, convocará os Deputados da Comissão, para deliberação final.
“Muito importante a vinda de vocês para esse debate. Diante da exposição
de todos, vou apresentar um substitutivo à matéria principal e alterar o
piso para R$ 4.500. Farei todo o possível para que esse valor seja
acatado, mas deixo claro que vai depender da decisão do colegiado”,
disse.
Clóvis
Matoso afirma que a busca por uma remuneração mais justa é, e sempre
será, umas das principais lutas dos órgãos de classe que representam os
administradores, visto que a obtenção de um salário mínimo relevante é
inquestionável para o papel do profissional na sociedade.
“É
importante que o administrador saiba que as entidades que representam,
legalmente o profissional de administração, é o Sindicato e o próprio
Conselho. Outra forma que reúne os profissionais é até válida, mas não
possui força legal”, alerta.
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
AO INVÉS DE RETROESCAVADEIRA E MOTONIVELADORA, POR QUE O GOVERNO FEDERAL NÃO DOA PARA AS PREFEITURAS MAQUINAS PERFURATRIZES PARA O NORDESTE???
"Os 1,3 mil municípios selecionados pelo Ministério do Desenvolvimento
Agrário (MDA), por meio do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC
2) vão começar a receber máquinas retroescavadeiras e motoniveladoras."
Fonte: http://elo.com.br/portal/noticias/ver/219836/governo-federal-distribuira-retroescavadeiras-e-motoniveladoras-.html
Fonte: Google |
o que me revolta é os nossos governantes achares que estamos acreditando nas estratégias de giricos que muitos deles tem. Ora vejamos, em meio a maior seca que o Nordeste Brasileiro já viu, a maior falta d'água dos últimos 50 anos, a Presidente Petista distribui retroescavadeira e motoniveladora.
Temos que analisar que o investimento nesses equipamentos para 1300 municipios é superior a 1BILHÃO... Isso mesmo, mais de um bilhão de reais. Na minha ótica esse dinheiro está mal canalizado, ao invés de se comprar retroescavadeiras e motoniveladoras, no caso dos municípios Nordestinos, POR QUE NÃO SE COMPRA PERFURATRIZES, que são máquinas para perfurar poços profundos, para assim dar autonomia aos Prefeitos, e amenizar a nossa falta d'água.
Questiono aqui a forma como é gasto o nosso dinheiro, e não a desnecessidade de uma cidade ter uma retroescavadeira e uma motoniveladora. Mas sim a necessidade mais urgente que é de ter uma máquina perfuratriz. Já imaginou em Nova Russas uma máquina dessa. Quando questiono a forma de se gastar dinheiro público, sou mal interpretado, mais sem muito esforço, é só resolver primeiro onde doi mais, simples.
Em Nova Russas no primeiro dia dessa nova gestão o Secretário de Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins assinou ordem de serviço para distribuição de cisternas moveis. PRA ENCHER COM QUE??? E com sinceridade, até hoje não vi nenhuma em Nova Russas, E JÁ FAZ 10 MESES...
Os governantes querem nos fazer de bestas, compram mal, gastam mal nosso dinheiro, e querem transparecer que estão trabalhando... Com relação a estiagem, carros pipas dão mais lucros pra corrupção, escavações de poços com empresas terceirizadas, geram mais dividendos para os desvios de verbas, do que simplesmente se dar o anzol e o Governo federal doar máquinas para perfurar poços profundos, tirar água do subsolo, e tirar o sofrimento do nordestino do seu cotidiano. "O NORDESTINO É UM FORTE, NÃO UM BESTA".
OS JANELÕES ELEITORAIS DE NOVA RUSSAS... QUEM GANHA E QUEM PERDE...
Alheio a grande parte dos eleitores de Nova Russas que votaram nas eleições do ano passado, assistimos nos últimos dias em Nova Russas um festival de mudança de partido por parte dos políticos de Nova Russas. Fugiram completamente da lógica partidária, rasgaram os estatutos, banalizaram os motivos para a mudança de sigla, enfim, como sempre foi vislumbrado o famoso salvem-se quem puder...
Notadamente duas legendas recém criadas pelo TSE foram os principais destinos: SOLIDARIEDADE E PROS. Nomes sugestivos, mais a ideologia é a que garante a perpetuação no poder, ou pelo menos a sombra dele. Assim como na esfera estadual, o grupo liderado pelo ex-prefeito Acácio, esvaziou o PSB - 40, e foram para o PROS, e seguindo-os foi o Vereador Pedetista Kapita, que já algum tempo manifesta insatisfação com a antiga sigla. Consequência disso são dois vereadores na base Acassista de direito, mais de fato ainda tem Denilson, que optou por ficar no agora nanico PSD, de certo que para apagar a luz.
A sigla mais fortalecida nesse contexto todo, foi A SOMBRA, ou seja o agora genérico do PMDB histórico da família do atual prefeito, que teve de contrapeso, três aquisições, dentre elas a Vereadora Socorrinha Arrais, o vereador Teixeira e o Vereador Zé Roberto. Quanto a primeira e o último, não fizeram nada de mais além de abandonar um barco furado que ainda é conduzido pelo Ex prefeito Pulo Evangelista, e que sacramenta como esse abandono em massa dos que lhes foram ajudados, que nada tem de liderança. Com relação ao vereador Teixeira, analiso sua ida para o Solidariedade, como um passo importante para que o mesmo seja o candidato da situação à presidência da Câmara, haja vista que é vontade do atual prefeito e o Presidente do Solidariedade em Nova Russas, pois lhe incubem de atribuições e confiança. Teixeira deve ser mesmo a bola da vez.
Quem saiu forte das permutas certamente foi o atual prefeito, que encabrestou três vereadores, tem sua cunhada e o que vier de resto vem por gravidade, pois é a força da máquina. Do outro lado o grupo Acassista, que era tido como um clã familiar nas eleições, tendo somente de fato a vereadora Rejane Tavares, agora ganha mais um, pode contar com um do PSD, que certamente virá para o seu controle, e poderá ter adesões de insatisfeitos e abandonados. Correndo numa raia desprestigiada politicamente está Paulo Evangelista, que sem os Aldalbertos certamente vai sumir do cenário, pois ao meu ver cometeu não só um, mais vários pecados mortais, dentre eles, perder uma reeleição como Prefeito, com mais de trinta candidatos a vereadores, e bons diga-se de passagem, e seis concorrentes dividindo o eleitorado. E por fim Marcos Alberto, que também ao meu ver perde, já que terminou a campanha comemorando a eleição de dois e agora só conta com um vereador(a). É FATO...
NÃO PODEMOS ACEITAR OBRAS INACABADAS EM NOVA RUSSAS...
Inaceitável para minha compreensão, e não entra na minha cabeça como uma obra que é orçada, feita a dotação, viabilizado o recurso, iniciada, não seja concluída pela Prefeitura. E aqui ratifico que o gestor é transitório, mais sempre teremos novos representantes do povo. Quem assume a Prefeitura tem que estar preparado para lidar com esse tipo de situação.
Nova Russas é hoje um canteiro de obras inacabadas, e que poderiam a contento, caso essas tivessem seu termio, dado a Nova Russas um nova dinâmica... Mas afinal de contas, o que houve que as mesmas não foram concluídas? Quero aqui deixar claro que se as mesmas não foram concluídas, de certo algo errado no curso natural do rio teve. É fato também que os demais gestores que sucederam, simplesmente colocaram a sujeira em baixo do tapete, e não mexeram... Postura condenável pelo meu modo de entender...
Num obra inacabada, tem-se três prejuízos claros: O social, o econômico e o político. Explico: O prejuízo social de uma obra não estar acabada, é inerente a sociedade, que não usufrui do bem público e do seu propósito fim. Esse tal vez seja o lado que tenha mais perdas, haja vista que o povo é quem precisa do serviço público.
O prejuízo econômico refere-se a obra não acabada, por qualquer motivo alheio, ali por si só há um prejuízo, que certamente será pendurada para se tirar novamente o recurso do seu bolso. Os custos de obras públicas já são por si só onerantes, caros, e vejo que o propósito fim das licitações, que é o de comprar mais barato e melhor para o público, anda longe de ser cumprido. A paralisação da obra, também onera o erário público, haja vista que se tem que embutir no custo final a depreciação da mesma pelo tempo parado.
O prejuízo político é o menos doloroso para o povo, mais certamente o político que iniciou a obra será cobrado pelo seu termio. Sendo que nem sempre quem dá o ponta pé inicial é o que faz o gol, já que a administração pública não é um império, mas uma sequencia de formas de administrar uma mesma coisa. Vários são os casos de Ex-prefeitos, e aqui não citarei nomes por questões éticas e principiologicas, mas que a população faz esse juízo, de que iniciaram obras e não terminaram, mas que certamente após sua saída tenha havido por uma pirra talvez, o embargo político da obra, somente para causar-lhe prejuízo político.
Fatos politiqueiros que prejudicam de fato o povo de Nova Russas, não devem mais serem aceitos. Acho que a população deve ser mais cobrativa e fiscalizadora, não podemos esperar somente da classe política que ai está, que cobre, fiscalize, denuncie, enfim, nós cidadãos de Nova Russas temos a OBRIGAÇÃO moral e legal com a nossa cidade de não aceitar mais nenhum tipo de ação administrativa que trave o desenvolvimento de Nova Russas.
PENSEM NISSO!!!
Senado aprova projeto que pode assegurar a idoso atendimento domiciliar de órgão público...
Pessoas idosas e doentes poderão ser poupadas de ter que comparecer a órgãos públicos, seja em convocações ou para resolver questões de interesse pessoal.
Um projeto de lei aprovado nesta quarta (23) na Comissão de Direitos
Humanos e Legislação Participativa do Senado em caráter terminativo
prevê que elas poderão ser atendidas em casa.
O atendimento domiciliar será obrigatório quando o contato com o idoso for requisitado pelo órgão público. Nesse caso, se a pessoa estiver doente fica vedada a obrigatoriedade do comparecimento dela na repartição, de modo que um agente público deverá ir até ela.
A perícia que deve ser feita pelo serviço de saúde do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) está incluída entre esses casos. Se o
caso a ser resolvido for de interesse pessoal do idoso, ele poderá
designar um procurador legalmente constituído para resolver o problema.
O projeto também garante que o idoso seja atendido em casa por médicos do Sistema Único de Saúde (SUS)
ou de serviços privados conveniados ao SUS para obter laudos médicos
necessários para obtenção de benefícios em órgãos públicos. O texto
pretende facilitar o acesso das pessoas idosas a seus direitos e o
cumprimento de seus deveres. Além disso, garante a obtenção de laudos médicos para quem não tem condição de comparecer aos serviços de saúde.
Um recurso ainda pode ser apresentado para que o projeto seja apreciado no plenário do Senado. Se os senadores não fizerem a solicitação, a matéria seguirá direto para sanção da presidenta Dilma Rousseff.
NA CONTRAMÃO DO COMBATE AO NEPOTISMO...
Fonte: Google |
O pleno do Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE-CE) rejeitou
ontem proposta que proibiria o exercício de cargos comissionados do
órgão por cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou
por afinidade, até o terceiro grau, de magistrados, parlamentares,
membros do Ministério Público e autoridades do Poder Executivo.
O
projeto foi apresentado conjuntamente pelos conselheiros Soraia Victor e
Rholden Queiroz e os procuradores do Ministério Público de Contas
Gleydson Alexandre e Sousa Lemos.
Segundo o quarteto, o
princípio da moralidade administrativa “impõe uma conduta do
administrador público compatível com o Estado Democrático de Direito,
afastando a investidura, para cargos em comissão, de parentes de autoridades públicas, haja vista que tal prática implica um favoritismo e um compadrio em benefício de poucos”.
Os
conselheiros Alexandre Figueiredo, Pedro Timbó e Edilberto Pontes
votaram contra. Segundo Edilberto, o projeto é inconstitucional, uma vez
que o Supremo Tribunal Federal (STF) já normatizou a questão do
nepotismo em cargos comissionados nos três Poderes, ao editar, em 2008, a
Súmula Vinculante nº 13.
Fonte: O POVO
DR CHICO CHAVES E A PRIVATIZAÇÃO DO PT
Fonte: Google |
O
governo do PT ao fazer as suas privatizações não levam em conta o
futuro e integridade do país. A privatização do Petróleo (Pré-sal), o
faz sem verificar que é o primeiro a privatizar suas riquezas naturais
e, a partir daí, é criticado por todos os grandes jornais do mundo, como
o primeiro país que vende petróleo para estrangeiros.
A
privatização de riquezas minerais é um risco para a soberania nacional.
Os jornalistas e estudiosos sobre a matéria abrem páginas em críticas a
Presidente Dilma e ao PT por tais privatizações.
Essa matéria há de ser bem apurada, e, com certeza, trará grandes prejuízos
eleitorais ao PT, MAS PRINCIPALMENTE, PARA NÓS BRASILEIROS!
Fonte: Facebook
A CRISE DO EXAME DE ORDEM E A CRIAÇÃO DE UM NOVO MODELO...
A recente polêmica acerca de uma questão mal
formulada na segunda fase do último Exame de Ordem, mais especificamente na
prova de Direito Penal, instalou uma verdadeira situação de crise em torno do
certame. Setores autorizados do pensamento jurídico nacional reivindicam a
anulação da questão com a consequente aprovação de todos os candidatos que se
inscreveram para a prova de Direito Penal. A crise instalada, contudo, merece
uma reflexão mais apurada por parte da comunidade jurídica. É certo que, logo na
sequência da divulgação do gabarito, importantes juristas, dentre os quais
César Bittencourt e Eugênio Pacelli, ofereceram interpretações apontando os
equívocos na formulação da questão. Mais recentemente, Guilherme Nucci firmou
sua posição te ntando defender a questão na forma como apresentada pelo exame.
Sem embargo, muitas dessas posições externadas até o momento estão presas ao
“presente”, às consequências diretas do problema, e pouco refletem sobre o modo
de se lidar com o exame e sua formulação nas próximas edições do certame.
Relação entre ensino jurídico e Exame
de Ordem
O primeiro ponto sobre o qual precisamos refletir diz respeito ao tipo de relação que existe, hoje, entre o ensino jurídico e o Exame de Ordem. De há muito a OAB utiliza o exame para estabelecer uma espécie de ranking entre as faculdades de Direito. Nos últimos anos, as faculdades com boas médias de aprovação — que acabam recomendadas pela OAB como sendo portadoras de um ensino jurídico de qualidade — passaram a usar, cada vez com mais agressividade, esses índices como verdadeiras peças publicitárias.
O primeiro ponto sobre o qual precisamos refletir diz respeito ao tipo de relação que existe, hoje, entre o ensino jurídico e o Exame de Ordem. De há muito a OAB utiliza o exame para estabelecer uma espécie de ranking entre as faculdades de Direito. Nos últimos anos, as faculdades com boas médias de aprovação — que acabam recomendadas pela OAB como sendo portadoras de um ensino jurídico de qualidade — passaram a usar, cada vez com mais agressividade, esses índices como verdadeiras peças publicitárias.
Dito de um modo simples: de olho no mercado
da educação jurídica — cada vez mais competitivo em face do crescente número de
cursos autorizados — as faculdades anunciam seus bons índices de aprovação no
Exame de Ordem como uma prova definitiva de que ali se pratica um ensino
jurídico adequado, apto a colocar os seus egressos em boas condições de
inserção no mercado jurídico. Assim, os eventuais consumidores do “produto”
curso de Direito procuram pautar a escolha da faculdade que irão cursar a
partir desse critério preponderante que é a “capacidade aprovatória” que a
instituição demonstra possuir.
Porém, é de se perguntar: o Exame de Ordem
pode ser considerado uma instância legítima para afiançar a qualidade do curso
de Direito praticada por uma determinada instituição de ensino?
Em primeiro lugar, é preciso considerar o
seguinte: o objetivo de uma faculdade de Direito não é — nem pode ser — formar
apenas advogados. Além de ser enciclopédico do ponto de vista do conhecimento,
o curso é policêntrico na perspectiva da formação profissional. Do bacharelado
em Direito não se tem como consequência necessária o exercício da advocacia. Há
uma plêiade de profissões jurídicas que, a despeito de exigirem o bacharelado
em Direito como condição sine quo non para o seu exercício,
dispensam a inscrição nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil[1].
Assim, considerando que não há uma relação
necessária entre o bacharelado em Direito e o exercício da advocacia, então,
por qual motivo o Exame de Ordem, isoladamente, pode fornecer índices de
indexação da qualidade do ensino praticado nos cursos existentes em nosso país?
Alguém poderia objetar: “mas não é critério
isolado, há também o Enade!” De fato, o poder simbólico do Enade é enorme para
angariar candidato a alunos de Direito. Na verdade, nunca ouvi o relato de um
acadêmico sequer dizendo ter escolhido a faculdade “x” ou “y” porque estas
possuem boas notas no Enade. Muitos dos discentes, principalmente calouros,
sequer sabem o que representa o Enade na avaliação do ensino superior no
Brasil. Em contrapartida, é muito comum o depoimento de alunos que dizem ter
escolhido a faculdade que frequentam pelos índices, considerados por eles bons,
de aprovação no Exame de Ordem.
Esse aspecto nos leva a indagar por uma
segunda consequência da pergunta pela efetiva relação que existe entre ensino
jurídico e Exame de Ordem: é amplamente difundida a argumentação de altos
dirigentes da OAB no sentido de que o exame se propõe a “verificar no candidato
a existência de conhecimentos mínimos para o exercício da advocacia”. Vale
dizer: ele tem caráter profissional. É um verdadeiro concurso que tem por
finalidade aferir a aptidão e conhecimentos técnicos para o exercício da
advocacia.
Ora, se, como dito acima, o curso de Direito
não se propõe a formar apenas advogados o que autoriza, então, o Exame de Ordem
servir como farol para os cursos jurídicos de todo o país?
De se notar que esse fator é sentido na
enorme maioria dos cursos de Direito. Na busca pelo “Santo Graal” dos índices
de aprovação, muitas faculdades extirpam de seus currículos disciplinas
essenciais para a formação global do acadêmico, mas que não estão inseridas no
leque das matérias cobradas pela OAB. No mesmo passo, qualquer movimento no
sentido de incluir determinados conteúdos no Exame gera frisson nas faculdades
para prover eventuais lacunas curriculares nesse quesito. Assisti isso com
relação à inclusão de questões de Filosofia na fase objetiva da prova. No
início, quando não se sabia exatamente como tal conteúdo seria cobrado, algumas
faculdades cogitaram reservar um espaço curricular para que os alunos do quinto
ano pudessem rever em sala de aula um ponto ou outro que pudesse ser objeto de
questão. Depois, diante das “assustadoras” duas questões, a poeira abaixou: de
fato, por duas mísera s questões, todo esforço despendido não seria
adequadamente recompensado.
Isso sem contar que, em alguns casos, têm-se
a criação de uma verdadeira “grade curricular paralela”, não oficial, que serve
para tentar suprir “deficiências” observadas no decorrer do curso, oferecendo
ao discente conhecimentos necessários para sua adequada aprovação no certame.
Parece evidente, portanto, que a reprodução
cíclica desse modelo vai levar a resultados desastrosos. Resultados esses muito
piores do que o observado no contexto desse atual e polêmico exame. Na verdade,
se olharmos mais de perto, poderemos perceber que aquilo que ocorreu nessa
prova é um sintoma de algo que não aparece na superfície do discurso, mas que
lhe condiciona de forma subterrânea.
Manutenção do modelo de ensino
É um fato que a educação jurídica no Brasil de hoje se manifesta como mercado. Essa é uma conclusão inescapável: as faculdades se constituem como empresas — o gerenciamento de problemas ligados ao enquadramento dos professores por titulação são tratados como assuntos de RH e as ouvidorias são verdadeiros SACs à disposição dos alunos para reclamarem de algum “serviço mal-prestado”. Por outro lado, os alunos são tratados como consumidores. Muitas vezes se portam como tal, lidando com as questões de sua própria formação como quem compra uma mercadoria com defeito em uma loja de conveniências.
É um fato que a educação jurídica no Brasil de hoje se manifesta como mercado. Essa é uma conclusão inescapável: as faculdades se constituem como empresas — o gerenciamento de problemas ligados ao enquadramento dos professores por titulação são tratados como assuntos de RH e as ouvidorias são verdadeiros SACs à disposição dos alunos para reclamarem de algum “serviço mal-prestado”. Por outro lado, os alunos são tratados como consumidores. Muitas vezes se portam como tal, lidando com as questões de sua própria formação como quem compra uma mercadoria com defeito em uma loja de conveniências.
Assim, se é certo que as faculdades são
empresas e os alunos consumidores, é certo também que o modo de produção que
conforma tudo isso é o “capitalismo à brasileira”. De fato, entre nós, ao invés
do mercado instaurar uma situação de competitividade criativa, o que ele faz é
trazer a inércia para aqueles que nele atuam. Por aqui, quem tem proximidade
com os órgãos do Estado, tem também a possibilidade de se valer de suas
prebendas. A questão do mercado da educação jurídica não escapa a essa lógica
do nosso peculiar “capitalismo de Estado”.
Alguém poderia se perguntar, por exemplo,
como é que nós chegamos ao ponto de possuir um número tão alarmante de cursos
de Direito? A resposta, na verdade, é sobejamente conhecida. Entre o início do
governo Collor e o primeiro ano do governo Lula foram criados e autorizado o
funcionamento de mais de 500 cursos de Direito. Parcela significativa desses
cursos foram atribuídos, é claro, à iniciativa privada. Diante de tal fato,
poder-se-ia aduzir: são os ares da democratização do ensino superior soprando,
ainda timidamente, a doce brisa do progresso. Pois a tal “democratização” pode
também ser lida de outra maneira: o Estado, ao invés de investir nos cursos já
existentes, aumentando as vagas dos melhores, preferiu transferir para o setor
privado as atividades necessárias para a expansão do sistema. A distribuição
desses novos cursos se deu, obviamente, na velha lógica
patrimonialista-estamental que governa a política brasileira. E, por acaso,
alguém acredita que de 2004 até 2013, essa proliferação de cursos —
principalmente no setor privado — sofreu algum tipo de freio? Tanto não sofreu
que, no início deste ano, o Ministério da Educação emitiu comunicado para dizer
que a autorização de novos cursos de Direito estavam bloqueadas. Havia mais de
100 propostas pendentes de análise! Em uma frase de efeito, que representa bem
o que foi dito, o ministro Mercadante teria afirmado: “está fechado o balcão”
(clique aqui para ler notícia da época).
Assim, num mercado com mais de 1.200 cursos
funcionando, a maior parte deles explorados pela iniciativa privada, o que se
verifica não é a existência de uma competitividade criativa, mas, a ocorrência
de uma inércia paralisante. E aqui, novamente, o Exame de Ordem — no modo como
se apresenta atualmente — tem um papel desabonador nessa história. Como
denunciado desde a década de 1980 por importantes autores, tais quais José
Eduardo Faria e Celso Campilongo Fernandes[2], o ensino jurídico no Brasil é do tipo cartorial: reproduz
um saber domesticado, praticamente incapaz de uma critica produtiva. Pesquisa e
produção de conhecimento são pedras preciosas, raramente encontrados no âmbito
dos cursos de Direito.
De lá para cá, é fato, muita coisa mudou. A
pesquisa em Direito, por exemplo, se fortaleceu, principalmente no âmbito da
pós-graduação stricto senso. Na graduação, todavia, a articulação
desses fatores criativos-produtivos ainda não é a regra. Pelo contrário, são
apenas em determinados nichos — geralmente ligados a universidades públicas —
que o desenvolvimento desse tipo de atividade pode florescer. Na esmagadora
maioria dos casos, o que prevalece é a mesma lógica denunciada desde os anos
1980: o ensino cartorial, acrítico e que se vale, na maioria das vezes, do
mesmo material didático e dos mesmos autores utilizados naquele tempo.
Evidentemente, isso é efeito de um círculo
vicioso: as provas oficiais, como é o caso do Exame de Ordem, são elaboradas
por essas mesmas pessoas que tendem a reproduzir aquilo que absorveram durante
os anos de seu aprendizado.
Quando o Exame de Ordem é usado como peça de
propaganda, como fator diferenciador em um mercado de mais de 1.200 cursos de
Direito, é obvio que aquilo que nele é cobrado irá pressionar a grande maioria
dos cursos a se vincularem programaticamente a tais conteúdos. Num contexto de
competição extrema, chega-se, no limite, a se propagar uma lógica que pretende
ensinar ao aluno, não o conteúdo propriamente dito, mas o modo mais adequado de
se fazer a prova. Como entender as pegadinhas dos examinadores? Como redigir a
sua peça de modo a contemplar melhor a “vontade do examinador”? E assim por
diante.
No sistema privado de ensino, o ajuste aos
padrões exigidos pelo Exame de Ordem é uma necessidade. Se uma universidade
pública não consegue bons índices de aprovação no exame, isso pouco altera a
sua estrutura acadêmica. Quando muito, gera um mal estar em face de uma
pretensa “perda de prestígio”. Já no caso de uma instituição privada, o
insucesso generalizado na prova pode significar um abalo decisivo no futuro do
curso. Diminuição na procura, dificuldade de formar turmas, entre outros, podem
ser listados como contratempos.
Por isso, é óbvio que a prova da ordem tende
a moldar aquilo que é ensinado e o modo como é ensinado na grande maioria das
faculdades de direito do país.
Uma anotação final
A insistência nesse mesmo modelo pode levar a resultados ainda piores do que aqueles que já estamos vivenciando nos últimos anos. De outra banda, seria possível afirmar que o exame funciona bem para selecionar os profissionais que estão por aí, no “mercado jurídico”? Em parte. O Brasil tem excelentes advogados. Mas, não é difícil de encontrar, no dia-a-dia da profissão, colegas que apresentam peças processuais que são praticamente cópias de modelos disponíveis na internet. Mas o que há de surpreendente nisso? Na verdade, nada. É um sintoma do nosso tempo. E, em um tempo de mínimo eu, o traço que pode marcar de forma mais indelével a individualidade de um autor, que é seu texto, é, às vezes, terceirizado em favor de um grande “outro” que encontramos por aí, nas tramas da internet.
A insistência nesse mesmo modelo pode levar a resultados ainda piores do que aqueles que já estamos vivenciando nos últimos anos. De outra banda, seria possível afirmar que o exame funciona bem para selecionar os profissionais que estão por aí, no “mercado jurídico”? Em parte. O Brasil tem excelentes advogados. Mas, não é difícil de encontrar, no dia-a-dia da profissão, colegas que apresentam peças processuais que são praticamente cópias de modelos disponíveis na internet. Mas o que há de surpreendente nisso? Na verdade, nada. É um sintoma do nosso tempo. E, em um tempo de mínimo eu, o traço que pode marcar de forma mais indelével a individualidade de um autor, que é seu texto, é, às vezes, terceirizado em favor de um grande “outro” que encontramos por aí, nas tramas da internet.
Mas, de tudo isso, podemos destacar uma nota
final de otimismo: talvez a crise que se instalou por conta desse problema
pontual com o último Exame de Ordem possa levar a uma reflexão sobre o destino
dos próximos certames. A OAB se reunirá. Anuncia-se a realização de várias
audiências públicas. Vamos aguardar e torcer para que, no desenrolar dessas
discussões, um novo modelo possa, de fato, emergir.
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