domingo, 20 de outubro de 2013

O PLURALISMO POLITICO E O ENCABRESTAMENTO PARTIDÁRIO...

Em seu primeiro artigo do texto Constitucional de 1988, reporta-se como um dos fundamentos basilares da Republica Federativa do Brasil, o Pluralismo Político. Mas afinal de contas, o que é de fato esse tal de Pluralismo Político?

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Há uma distorção de valores do meio político brasileiro em que se observa  uma verdadeira incoerência quando o assunto é o tal do pluralismo político. Defendo que todo cidadão deve ser um indivíduo politizado, envolvido com as decisões políticas, e acompanhando de perto as evoluções que os debates devem direcionar a vida das pessoas.
Com relação a pluralismo, entendo como uma ampliação do campo político, uma livre iniciativa partidária, e a liberdade de pensamento podendo ser fundada sempre em conceitos que visem na frente sempre o bem comum. O amplo campo de debates políticos torna nossa democracia cada vez mais bela, e cada vez mais próxima do interesse público.
Porém analiso que em sua grande maioria, os Partidos Políticos tem se comportado como empresas PRIVADAS com concessão estatal, e chancelada pelo judiciário, para defender interesses cada vez mais corporativistas. É só analisar as bancadas do Congresso: Uma defende os ruralistas, outra defende a causa X, outra defende a causa Y, enfim, é notório a falta de espírito público nas nossas representatividades partidárias. Vemos Partidos políticos que são na verdade associações para defender interesses privados, com grande carga de barganha e e chantageamento de membros com mandato para rezarem na cartilha dos que se acham DONOS de alguma coisa.
Nossa política tem que mudar os parâmetros, e aqui me reporto para meu contexto, no caso Nova Russas. Defendo que em Nova Russas não haja mais a figura do DONO DO PARTIDO, da ligação partidária a uma só pessoa, mais sim se ter uma amplitude de discussões e pontos de vistas dentro de uma legenda, que se tenha de fato e de direito uma atitude democrática dentro dos partidos. Precisamos acabar como amarras partidárias, em que seus membros não tem se quer liberdade de contrariar a dos DONOS. Nova Russas ganha com a ampliação das discussões.
Alias, defendo aqui que haja urgentemente uma reforma politica com profundidade, para dar um tom mais contemporaneo a nossa política. A co-obrigação de estar filiado a um partido político para poder ser votado, ao meu entender e algo que ja deveria ter sido superada, haja vista que para votar não se tem prerrogativa alguma. Então defendo que para ser votado também não haja.
Em Nova Russas nesta última eleição foi levado para as urnas seis candidatos, mais nenhum projeto que de fato fosse debatido e aprofundado no campo das discursses para tirar nossa Nova Russas do buraco. E o eleitor, sem opção, acabou tomando partido pelo menos ruim. Faltou de fato um PROJETO, na essencia da palavra, faltou debater as grandes dificuldades do municipio. O que foi visto de fato, foi um esforço desesperado para defender um melhor nome, e não um melhor projeto. É preciso criarmos uma cultura nos votantes de Nova Russas de se escolher a melhor proposta, e não o candidato que se cria a impressão que ganhará a eleição. Só acredito numa Nova Russas melhor, no dia em que o povo para ir na onda da impressão de vitória e não fizer suas escolhas embasadas em projetos reais e paupaveis, que leve Nova Russas para o desenvolvimento sustentável.
Afinal, quem perde com a comercialização do voto? O corrupto eleitoral de nada se distingue do corrupto administrativo, alias, ele só antecipa o ato de corrupção. Precisamos em Nova Russas medir e coibir a mercantilização do voto, precisamos criar uma cultura de evoluirmos no campo das escolhas, e buscar projetos que ainda não foram testados. Os projetos já experimentados, já sabemos o que vão agregar, portanto, conclamo aos jovens de Nova Russas, que levante a bandeira do novo, do coerente e do projetismo. 

Jesus da Costa

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