terça-feira, 6 de maio de 2014

POR PAULO LUSTOSA - RAZÕES PELAS QUAIS LULA NÃO SERÁ CANDIDATO!!!

Existem várias razões pelas quais Lula não seria e não será candidato! Mesmo que as coisas se compliquem para os lados de Dilma, mesmo no desespero do PT, Lula não assumiria o risco de se aventurar a uma disputa que ele não tem menor ideia em resultará.
Isto porque a realidade atual nem tem nada a ver com 2002 e nem o desejo de mudança apostava tanto as suas fichas no metalúrgico fazendo com que ele se transformasse no estuário das esperanças de milhões de sem vez e sem voz, Brasil afora!
Os tempos são outros e as circunstâncias são diversas. Sabe bem o ex-presidente que a economia se desorganizou de tal maneira, os seus fundamentos estão totalmente desalinhados, a confiança dos agentes econômicos está muito baixa e o otimismo da população perdeu o elan de outrora. Além de ter que dar um pesado e desgastaste freio de arrumação para reorganizar as finanças públicas e restaurar a confiança dos agentes econômicos, a atividade produtiva internacional ainda retoma, lentamente, o dinamismo de outrora. E, até mesmo as agências de rating só irão sugerir o Brasil como destino de aplicações em Bolsa, investimentos diretos e outras ações de investidores externos, quando tiverem a certeza de que uma política de austeridade estará sendo aplicada e, inclusive, conhecendo a competência e confiabilidade dos novos gestores.
Ademais, Lula acumulou muitos questionamentos relacionados ao seu comportamento é a de pessoas a ele muito próximas o que, com certeza, criou para ele, um imenso telhado de vidro. Ou seja, diante de todo o poder que enfeixou nas suas mãos, nesses últimos doze anos e, os escândalos que vem pipocando, são a ele atribuída a responsabilidade, diretamente ou indiretamente, pelos desvios de conduta da companheirada! Com certeza, muita coisa nele respingará ou será explorada para mostrar ou a sua conivência ou a sua leniencia para com os mal feitos ou para com a má conduta dos parceiros e aliados.
Também, pesará na sua decisão a reflexão de que, quando se candidatava em 2002, naquela oportunidade ele sabia que iria receber um governo bem arrumadinho, com uma equipe econômica básica da melhor qualidade e acreditada no mercado, além de ter conhecimento de estudos de perspectivas mostrando que a economia mundial ia ingressar num período de expansão dinâmica, com saudáveis reflexos sobre as economias emergentes. Ademais, havia, no mercado, abundância de fundos e recursos financeiros internacionais em busca de oportunidades de investimentos e, como fator desequilibrador, de forma positiva, uma China que iria bombar, com a sua demanda, o mercado de commodities, notadamente o de alimentos e o de minerais estratégicos.
Por outro lado, duas coisas inexoráveis eram esperadas ocorrerem com Lula. Primeiro, os desgastes, o cansaço e a diminuição do entusiasmo que o tempo e a idade provocam, sem considerar a precariedade da saúde. Por outro, a humildade e o medo de errar dos primeiros anos de poder, r transformaram-se em arrogância e em prepotência.
Ademais, todo exercício do poder, notadamente longo, produz uma legião dos que se sentem frustrados, desencantados, injustiçados e que se acharam marginalizados ou, pela sua avaliação, admitem que não receberam os prêmios devidos pelos sacrifícios feitos ou a solidariedade que esperavam em momentos de dificuldades ou de constrangimentos. Esse é um preço alto a pagar pois muitos se sentiram pisoteados pelo próprio Lula, no seu itinerário.
Finalmente três agravantes adicionais para levar Lula a nào aceitar o sacrifício. Um, é que a base parlamentar que a seu tempo, praticamente não mostrava fraturas e nem dissidências, hoje é una espécie de geléia geral. Segundo, a militância que outrora vivia de sonhos, não é mais aquela pelo desencanto, pelo cansaço, pela frustração diante de um partido que foi construído sob a égide da ética e a mandou para o espaço e pelo próprio pragmatismo que a leva a exigir, agora, a retribuição pecuniária pelo seu trabalho.
E, ”last but not least”, como ser candidato, tendo que escantear Dilma e, com certeza, ter que enfrentar a sua ira, ela presidindo o governo e se sentindo traída e enganada pela base, pelo partido e pelo próprio Lula? O seu ódio e a sua vingança irão além da de Medéia contra Jason e o contra o Rei Creonte!
Seria muito difícil para Lula explicar como a Petrobrás quebrou e, o que valia 470 bilhões hoje vale menos da metade? E uma Eletrobrás, vendendo energia 92% mais barato que o mercado e acumulando um prejuizo de 13 bilhões de reais em dois anos? E o desemprego que era de 5,1% atingindo 11,2%? E, todos os cabeças coroadas do partido tendo sido ou amargando o xilindró por desvios de conduta? E por que a economia não anda, a credibilidade caiu, ENFIM...

Nenhum comentário:

Postar um comentário