segunda-feira, 29 de junho de 2015

DRA JULIANA ROLIM FALA SOBRE ARRITMIAS CARDÍACAS

Mas o que é uma arritmia cardíaca? 
Arritmias cardíaca são alterações do ritmo normal do coração, produzindo freqüências cardíacas rápidas (taquicardias ), lentas (bradicardias) e/ou irregulares. Também é conhecida como disritmia ou ritmo cardíaco irregular. Entretando é importante saber que nem toda frequência cardíaca elevada ou reduzida quer dizer que você está tendo uma arritmia. 
Qual a gravidade?
Quando não diagnosticada e tratada corretamente, a arritmia cardíaca pode provocar parada cardíaca, doenças no coração e a até mesmo morte súbita. Por isso é sempre importante procurar um médico para diagnosticar o problema e sua gravidade, pois  muitas arritmias podem ser benignas (a maioria), mas também outras podem apresentar alta malignidade. Algumas podem causar falta de ar, dor no peito, desmaios e até morte súbita. Normalmente, as arritmias cardíacas que ocorrem em quem já apresenta problemas cardíacos, como infarto, cirurgias prévias, insuficiência cardíaca, são de maior risco aos pacientes.
Quais os sintomas?
Os sintomas mais comuns são palpitações ou “batedeiras”, desmaios e até tonturas. A pessoa pode apresentar também confusão mental, fraqueza, pressão baixa e dor no peito. Mas, muitas vezes, as arritmias cardíacas podem não causar nenhum sintoma, sendo uma doença silenciosa. Em casos graves, pode ocorrer parada cardíaca, que pode levar à morte súbita.
 Dra., estou sentindo uns "sopapos" no meu peito! 
Essa é uma queixa muito comum no consultório do cardiologista. Na grande maioria dos casos trata-se de extra-sístoles cardíacas (batimentos extra, anormais), que geralmente são benignos mas que devem ser investigados. Stress e alimentação com muitos alimentos estimulantes como café, refrigerantes a base de cola e álcool são os principais motivos de aparecimento desse tipo de arritmia. Muitas vezes apenas a eliminação desses fatores já alivia os sintomas. 
 Quais são os tipos de arritmia?
As arritmias são de 2 tipos, de acordo com a freqüência: 

1) Taquicardias: nesses casos a freqüência cardíaca é maior que 100 batimentos por minuto. Podem ser decorrentes de ansiedade, medicações ou exercício. A freqüência cardíaca é considerada anormal quando ocorre um aumento súbito, desproporcional ao esforço realizado, e podem ocorrer em diversas circunstâncias (repouso, sono, atividades diárias ou exercício). 

2) Bradicardias: Aqui a freqüência cardíaca é menor que 60 batimentos por minuto, podendo ser normal durante o repouso, pelo uso de medicações ou em atletas.
Quais as causas de Arritmias?
Uma arritmia pode surgir quando há alterações nos sinais elétricos que comandam nosso coração (há uma verdadeira rede de "fios elétricos"no coração). Esses sinais elétricos podem sofrer atrasos, bloqueios e até nascer em outros locais fora do normal, alterando o batimento cardíaco.
Uma das principais causas de arritmias são stress, fumo, grande ingestão de álcool, exercício físico extenuante, uso de certas drogas (como cocaína e anfetaminas), uso de alguns medicamentos, e muita cafeína. Um ataque cardíaco, ou outras condições que danificam o sistema elétrico do coração, também podem causar arritmia, tais como pressão alta, doença isquêmica do coração, insuficiência cardíaca, doenças da tireóide e doenças das válvulas cardíacas.  Em algumas arritmias, como a síndrome Wolff-Parkinson-White, o defeito está presente desde o nascimento (congênito). Algumas vezes a causa de uma arritmia não pode ser encontrada.
Como é o tratamento?
Para tratar as arritmias cardíacas é preciso inicialmente observar e melhorar hábitos de vida e torná-los saudáveis, através de uma alimentação balanceada, rica em legumes, frutas e verduras, não ingerir ou não exceder no consumo de bebidas alcoólicas e energéticos, não fumar, praticar atividades físicas, dar atenção à saúde emocional. Alguns tipos de arritmias necessitam de medicação, e em casos especiais é necessário procedimentos de ablação (queimar o foco da arritmia), implantes de marcapassos e até de desfibrilador interno (para tratar arritmias graves e impedir a morte súbita). Em caso de suspeita  deve consultar-se com um cardiologista para a realização de exames diagnósticos.


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