O mais noticiado fato desta semana, certamente foi o pedido de prisão do Empresário Eike Batista. Dificilmente se assistiu ou leu algum noticiário nos últimos dias que ignorassem o fato. Amplamente difundido, a Operação Lava Jato vai fazendo história e penalizando o que a bem pouco era inatingível pela Lei, vai insistentemente aprisionando feitos, ou melhor, mau feitos, que cercavam estatais como a Petrobrás.
Mais do que fazer história, o fato da prisão de mega empresários como Marcelo Odebrecht e Eike Batista, externa as vísceras de um sistema corruptivo, e que mata mais do que o crime propriamente dito. A usurpação do dinheiro público em notas frias, em licitações montada, em combinados de empresas que se aquadrilham pra saquear os cofres públicos, deveria servir para a compra do remédio que iria para o pequeno, que ignora a educação de qualidade que deveria ser ofertada ao menos abastado, enfim, o crime do colarinho branco é bem mais nocivo para o meio social do que crimes corriqueiros em nosso cotidiano.
Não se espantem ainda... Se o sistema investigativo e os órgãos jurisdicionais do brasil em diversas instâncias fizessem uma lava jato em cada um dos mais cinco mil municípios do Brasil, certamente encarcerariam muitos Eikes e Marcelos que estão soltos e ricos Brasil afora. As gestões públicas são verdadeiros ambientes propícios de criminosos que fraudam corriqueiramente um licitação, e muitas vezes em comungo com o agente público que entra na divisão do bolo. O molde está errado, distorcido e voltado para meia dúzias. O interesse privado, atropela o coletivo e transforma a gestão pública num fim e não num meio para melhorar o meio coletivo.
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