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Preto 31 foi o último número sorteado legalmente em um cassino no Brasil, no Copacabana Palace, no Rio. Era quase meia-noite e naquele 30 de abril de 1946 um decreto-lei do presidente Eurico Gaspar Dutra, no cargo havia três meses, ressuscitava um ato de 1941 de seu antecessor, Getúlio Vargas, a proibir todo tipo de jogatina.
Sete décadas depois, há boas chances de o Congresso aproveitar que a penumbra da meia-noite se aproxima de 2017 para mandar Dutra e Vargas às favas e liberar roletas, bingos, caça-níqueis, loterias, bicho, enfim, os jogos de azar.
Tudo com a discreta (ou nem tanto) simpatia do presidente Michel Temer, de Eunício Oliveira, comandante do Senado, de Rodrigo Maia, o da Câmara, e da maioria dos governadores, todos interessados em arranjar uma grana com a cobrança de impostos. É um debate polêmico, no entanto. A pressa pró-jogatina aumenta com a proximidade da próxima eleição, a primeira de nível nacional a ser disputada sem dinheiro doado por empresários. Como o mundo das apostas gira cash, eis uma brecha para driblar a falta do financiamento.
“É bem possível (que seja uma brecha), pois o caixa 2 pressupõe dinheiro em espécie. E só o dinheiro da jogatina, do tráfico ou de igrejas se presta a isso”, diz Eugênio Aragão, vice-procurador-geral eleitoral de 2013 a 2016.
Fonte: https://www.cartacapital.com.br/revista/979/a-legalizacao-dos-jogos-de-azar-esta-na-agenda-do-congresso
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