Entendo como vital para o processo democrático, ponto de equilíbrio, freio de ações governamentais descabidas e contrárias ao interesse público. Uma oposição qualificada e pautada pela responsabilidade com os anseios da coletividade, certamente prepondera um equilíbrio a balança democrática e impulsiona a governabilidade a não cochilar diante das aflições das massas.
A oposição tem papel semelhante aos que gerenciam o poder, pois é ela o freio às ações desordenadas dos mandatários, e são os oponentes que amplificam a voz dos que não concordam com esta ou aquela ação do Poder Público. No Estado Democrático de Direito, é fundamental se ter oposição para graduar críticas espelhadas na responsabilidade de querer o bem, e sendo ponto de vista contrários para haver uma auto consulta dos eletivos, que balizarão as ações públicas.
A coerência e os pontos defendidos devem pautar a postura oposicionista. Não há espaço na oposição para aventureiros que só querem o bem próprio, esses, podem até momentaneamente se darem bem, sendo içados a sombra, mas cairão no desprezo coletivo. É precioso ter fibra, personalidade forte e combativa, espírito cobrativo e propositor, enfim, a oposição não é ambiente para fracos, pois ela espelha a discordância de quem está excluído da sombra pública, de quem está desassistido por feitos governamentais, é na oposição de se manifesta lideranças natas, desprendidas do aparato estatal. Liderar com bonança é fácil, difícil é ser referência na escassez.
A oposição, por ser em tese o lado mais frágil da disputa, precisa se despir de vaidades e interesses próprios, e buscar juntar forças em torno de um propósito comum. É o ponto de interseção que interessa. O esfarelamento é ocasionado pela falta de espírito público, pelo receio descabido de ungir um nome, pela vaidade, pela inveja, pela ausência de espírito coletivo... A cola que junta a oposição não deve ser pautada em nomes, e sim em propósitos comuns...
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