Não a banalização da morte, o caso do cinegrafista da Band que morreu em decorrência de um rojão que o atingiu na cabeça em meio a uma manifestação no Rio, tenho algumas indagações que não fecha a organização do meu pensamento sobre o caso.
O rapaz preso e exaustivamente divulgado pela imprensa, em Feira de Santana, me causou várias indagações. A primeira delas trata do indiciamento do mesmo em Homicídio com dolo e qualificado... Será que o suposto culpado teve mesmo a intenção de matar? Teria ele planejado matar? Enfim, não seria mais prudente indiciá-lo como homicídio culposo, onde o mesmo não teve a intenção, mas assumiu o risco? Enfim... Me chamou atenção o fato do advogado do rapaz ser aparentemente um operador do direito bem vestido, traquejado e aparentemente caro, se contradizer com a condição financeira do rapaz, miserável como o mesmo relata, afinal quem estaria pagando os honorários do mesmo? O advogado chega junto com polícia para prender o rapaz, da declarações fortes chegando a afirmar que tem financiadores dos movimentos, enfim...
A mídia explora exaustivamente o caso, sem dar trégua, faz uma campanha intensa de generalização que desqualifica as manifestações, e incita que as mesmas são originárias de interesses politizados. Pegaram um pra cruz e estão fazendo um evento absurdamente intenso para massificar a descaracterização das manifestações... A quem interessa??? Em um ano eleitoral, com um evento que transformará o Brasil numa vitrine para o mundo, os donos do poder, usam imoralmente a mídia concedida pelo estado para enfraquecer um direito constitucional de manifestação.
A morte do cinegrafista da Band, lamentamos muito, mas entendo como uma fatalidade. Ele estava no lugar errado, na hora errada. Sou radicalmente contra a intromissão imoral e absurda que a mídia faz no sentido de prejulgar delituosos do ordenamento jurídico vigente. Caso contrario, vamos destituir o Judiciário, e nomear a mídia como julgador.
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