O Tribunal de Contas da União encontrou falhas gravas no cronograma de execução de uma das principais obras aqui do Ceará: o Cinturão das Águas. O projeto prevê um investimento de 7 bilhões de reais e pretende interligar as bacias hídricas do Estado. São mil e 300 quilômetros de dutos para distribuir a água que deve chegar a partir da transposição do rio São Francisco a todo as regiões do Ceará.
Uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo hoje aponta que o relatório do TCU verificou atrasos em quase todos os trechos da obra. Segundo a estimativa, o Cinturão das Águas já deveria estar 45% concluído, mas só 10% dos trabalhos foram feitos. São cinco lotes de obra. Somente o lote de número 5 está efetivamente sem atraso.
No lote 1 a obra deveria estar 61% executada até junho, mas atingou apenas 16%. Já no lote 2, que deveria estar com 27%, só 7% foram entregues. A situação menos grave está no lote 3: 19% estão concluídos, embora o nível previsto fosse de 26%. No lote 4 está a situação mais preocupante: até junho, quando 60% da obra deveriam estar prontos, nada havia sido feito.
Os lotes de número 1 e de número 4, onde estão os maiores índices de atraso, são executados pelo consórcio chamado Águas do Ceará. Este consórcio é formado pelas empreiteiras Passarelli, Serveng e PB construções. A PB e a Passarelli, por exemplo, têm outros contratos milionários junto ao Governo do Estado: como obras da estação de tratamento ETA Oeste e do sistema adutor Gavião Pecém.
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Recursos Hídricos (SRH) comunicou ao Sistema Jangadeiro que o titular da pasta, Rennys Frota, não falará sobre o assunto, por enquanto. A SRH informou que vai apurar as informações do TCU e citou que o Tribunal tem método diferente para identificar os percentuais executados. A pasta também divulgou uma nota oficial sobre o caso, Veja na íntegra:
A Secretaria dos Recursos Hídricos do Ceará informa que, até o presente momento, não foi notificada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a respeito da execução das obras do Cinturão das Águas. A Pasta informa ainda que, quando formalmente acionada, prestará ao TCU quaisquer esclarecimentos técnicos solicitados, bem como adotará as eventuais providências sugeridas pelo órgão.
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