A mercantilização das campanhas políticas é algo que muito me enoja, e que de certa forma torna por consequências nossos dias piores. O que assistimos hoje em termos gerais são negociatas imorais, que passam nas fuças da Justiça Eleitoral, e esta faz vista grossa diante do compra compra de votos, das doações com intenções deturpadas ao interesse coletivo, enfim...
Ações isoladas são vistas como forma de coibir a compra de votos, mas o que deveria se ter de fato era uma profunda reforma política que impossibilitasse e coibisse o grande fluxo anormal de dinheiro nas campanhas políticas. Como admitir um sistema apodrecido, em que o voto é negociado por cabeça, como se fossem marrãs... Como sempre digo: Precisamos desinflacionar o processo político, e reeducar o nosso eleitor a de fato "escolher" os candidato que estejam mais preparados, mais determinados e com maior comprometimento com determinada comunidade... E não o que marquetiou o processo de escolha, e que criou a impressão que vai ganhar.
Precisamos nos apartar da política do "Maria vai com as outras", onde os marqueteiros de plantão buscam estratégias para maquiar o candidato, ao ponto de ludibriar o eleitor, e este criar no meio do processo de escolha que este ira ganhar... Ora, afinal de contas devemos escolher o mais habilitado para nos representar, ou o que foi mais competente em lhe enganar??? Ultimamente temos sofrido diversas mazelas sociais, a quem atribuo a culpa ao voto, pois temos boas mentes pensantes em nosso meio, mas por que mesmo essas pessoas mais preparadas não nos representam??? Respondo-lhes: É simples, pois vivemos num processo político podre, onde o dinheiro fala sempre mais alto do que a convicção do pensamento individual.
Incitando a pergunta do enunciado, pasmem, o voto hoje vale para o político menos do que o preço de uma marrã, como comparei inicialmente... É uma compra imediatista dos políticos, confiado na pouca instrução dos que estão habilitados a votar, e na impunidade da Justiça Eleitoral. É preciso que comecemos tirar essa mania do nosso povo, pois só quem sofre as consequências da compra é o menos abastardo. O verbo faltar depois da eleição é corriqueiro, mas é preciso se criar consciência de que esse mesmo verbo é diretamente ligado a outro que se deveria dar uma maior carga de consciência, que é o verbo VOTAR.
Nesta eleição, não escolha seu candidato por pedido de cabos eleitorais que já lhe negociou por uma cifra mínima que é periférico a uma centena de reais, escute, avalie e busque balizar sua decisão votando em conformidade com o que você pensa e precisa. Escolha um candidato próximo, lutador, aguerrido, que esteja próximo a sua comunidade, que esteja sempre aberto a lhe escutar, que seja vocacionado para servir, e não venha com ofertas mirabolantes nesse período, pois certamente algum proveito este terá se você vender seu voto.
Nossos antepassados sofreram, lutaram, gemeram e reivindicaram no passado o direito de VOTAR, o direito de escolher quem iria conduzir seus destinos... Penso que é preciso plantar pra colher... Então plantemos nós hoje uma nova cultura política, onde não aceitemos a comercialização, ou melhor a banalização que é fruto de suor e sangue de pessoas que lá atrás pensaram na nossa geração. Não sejamos egoístas, e pensemos também em plantar boas coisas para nossas gerações futuras...
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