Nunca
se teve tanto cuidado com o dinheiro público como nos tempos contemporâneos em
que vivemos. Cuidado esse exacerbado que muitas vezes nos deixam, no mínino, a
estranhar tanto interesse em sua proteção, como se o mesmo fosse a verdadeira
botija encontrada nas antigas minas de ouro da antiga Ouro Preto. Cuidado esse
que cega os gestores públicos a olharem pelas reais necessidades das demandas
sociais, as quais uma sociedade requer. Quando na verdade o interesse deveria
ser pela prática de boas políticas públicas tendo o dinheiro do povo apenas
como um meio para que essas pudessem ser almejadas e concretizadas; porém, os
gestores públicos, em sua grande maioria, cegaram para o que de fato a política
verdadeira e eficiente requer destes, tendo vistas apenas para os saldos
existentes nas mais variadas contas correntes de propriedade das instituições
financeiras e utilizadas pelos poderes públicos diretos e indiretos. Esqueceram
até Deus, adorados em cultos religiosos praticados em períodos de pré – posse,
por conseguinte, acredito Deus não ter esquecido dos mal feitores.
O dinheiro público pertence ao povo,
de fato e de direito, porém controlado por outorgados irresponsáveis em sua
grande maioria diante de uma respeitável, porém, fragilizada e inexeqüível
legislação pertinente e desatualizada diante dos anseios e problemática social
atual pela qual passamos. Dinheiro público tratado como cachorrinho de estimação,
claro e evidente. Pois é esse “animalzinho” de papel o causador e conseqüência
da extrema ignorância, individualismo e ganância dos mal feitores das gestões
públicas, chamados contraditoriamente de Prefeitos, Governadores, Presidentes,
Vereadores e demais comparsas de farsas administrativas em nosso país, com
raras exceções. A carta já está direcionada tendo como objetivo principal
ganhar muito dinheiro em prol de interesses de agrupamentos e milícias do
poder. Cachorrinho de estimação, é assim, analogicamente, como é tratado o
nosso dinheiro; o seu dinheiro, o do seu vizinho, o do seu parente, o do seu
familiar que tanto soamos para conquistar e devolver aos cofres públicos
através do pagamento de impostos dos mais variados e distintos para que o poder
público pratique e execute obras, políticas de geração de emprego e renda,
otimização da saúde e do SUS, educação de qualidade e não somente de
quantidade, todavia o que se verifica é um extremo cuidado com o dinheiro
público para benefício próprio sufocando assim os anseios de toda uma
sociedade. Cachorrinho de estimação, de poder de manobra, de vícios de
campanhas eleitorais fajutas e mentirosas, visto que um gestor público nada
poderá fazer com promessas tendo em vista, em contra partida, a necessidade de
aprovação de um poder paralelo, o legislativo, caso seja eleito.
Cachorrinho de estimação é assim que
o dinheiro público é tratado! De estimação deveria ser o povo oprimido e
sofredor das mazelas sociais causadas pelos políticos de fachada, que mais
parecem administradores de fogão a lenha, demagogos do poder emano do coletivo
e não dos seus próprios pseudos poderes intrínsecos e autoritaristas. Cachorrinho
de estimação deveriam ser principalmente a saúde e a educação e não somente o
dinheiro, que atualmente serve apenas de somatório e superávit da corrupção. Cachorrinho
de estimação tratado para atender agentes públicos quebrados em suas vidas
profissionais e empresariais privativas do passado. “Animalzinho”, cachorrinho
de estimação, é assim o dinheiro público, queridinho do seu adestrador que
centa, deita e rola diante dos olhos ignorantes e desprovidos de educação da
maioria de nossa população com todo respeito, porém autentico e verdadeiro.
Cachorrinho de estimação, que morde os oprimidos e lambe os opressores,
maestros do maior crime de destruição em massa da nossa sociedade, a corrupção
do dinheiro público, cano de escapação, cachorrinho de estimação.
Nova
Russas, 11 de junho de 2013
Mário Henrique
Contador
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