quinta-feira, 13 de junho de 2013

DINHEIRO PÚBLICO: CACHORRINHO DE ESTIMAÇÃO

Nunca se teve tanto cuidado com o dinheiro público como nos tempos contemporâneos em que vivemos. Cuidado esse exacerbado que muitas vezes nos deixam, no mínino, a estranhar tanto interesse em sua proteção, como se o mesmo fosse a verdadeira botija encontrada nas antigas minas de ouro da antiga Ouro Preto. Cuidado esse que cega os gestores públicos a olharem pelas reais necessidades das demandas sociais, as quais uma sociedade requer. Quando na verdade o interesse deveria ser pela prática de boas políticas públicas tendo o dinheiro do povo apenas como um meio para que essas pudessem ser almejadas e concretizadas; porém, os gestores públicos, em sua grande maioria, cegaram para o que de fato a política verdadeira e eficiente requer destes, tendo vistas apenas para os saldos existentes nas mais variadas contas correntes de propriedade das instituições financeiras e utilizadas pelos poderes públicos diretos e indiretos. Esqueceram até Deus, adorados em cultos religiosos praticados em períodos de pré – posse, por conseguinte, acredito Deus não ter esquecido dos mal feitores.
          O dinheiro público pertence ao povo, de fato e de direito, porém controlado por outorgados irresponsáveis em sua grande maioria diante de uma respeitável, porém, fragilizada e inexeqüível legislação pertinente e desatualizada diante dos anseios e problemática social atual pela qual passamos. Dinheiro público tratado como cachorrinho de estimação, claro e evidente. Pois é esse “animalzinho” de papel o causador e conseqüência da extrema ignorância, individualismo e ganância dos mal feitores das gestões públicas, chamados contraditoriamente de Prefeitos, Governadores, Presidentes, Vereadores e demais comparsas de farsas administrativas em nosso país, com raras exceções. A carta já está direcionada tendo como objetivo principal ganhar muito dinheiro em prol de interesses de agrupamentos e milícias do poder. Cachorrinho de estimação, é assim, analogicamente, como é tratado o nosso dinheiro; o seu dinheiro, o do seu vizinho, o do seu parente, o do seu familiar que tanto soamos para conquistar e devolver aos cofres públicos através do pagamento de impostos dos mais variados e distintos para que o poder público pratique e execute obras, políticas de geração de emprego e renda, otimização da saúde e do SUS, educação de qualidade e não somente de quantidade, todavia o que se verifica é um extremo cuidado com o dinheiro público para benefício próprio sufocando assim os anseios de toda uma sociedade. Cachorrinho de estimação, de poder de manobra, de vícios de campanhas eleitorais fajutas e mentirosas, visto que um gestor público nada poderá fazer com promessas tendo em vista, em contra partida, a necessidade de aprovação de um poder paralelo, o legislativo, caso seja eleito.
          Cachorrinho de estimação é assim que o dinheiro público é tratado! De estimação deveria ser o povo oprimido e sofredor das mazelas sociais causadas pelos políticos de fachada, que mais parecem administradores de fogão a lenha, demagogos do poder emano do coletivo e não dos seus próprios pseudos poderes intrínsecos e autoritaristas. Cachorrinho de estimação deveriam ser principalmente a saúde e a educação e não somente o dinheiro, que atualmente serve apenas de somatório e superávit da corrupção. Cachorrinho de estimação tratado para atender agentes públicos quebrados em suas vidas profissionais e empresariais privativas do passado. “Animalzinho”, cachorrinho de estimação, é assim o dinheiro público, queridinho do seu adestrador que centa, deita e rola diante dos olhos ignorantes e desprovidos de educação da maioria de nossa população com todo respeito, porém autentico e verdadeiro. Cachorrinho de estimação, que morde os oprimidos e lambe os opressores, maestros do maior crime de destruição em massa da nossa sociedade, a corrupção do dinheiro público, cano de escapação, cachorrinho de estimação.

Nova Russas, 11 de junho de 2013

Mário Henrique

Contador

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