domingo, 9 de junho de 2013

O PODER REVELA...


Quantos de nós já perguntamos a algum interlocutor próximo ou talvez, intrinsecamente a nossa alma: Por que o fulano de tal mudou tanto por estar trabalhando na Prefeitura? Em algumas outras situações até mesmo afirmamos: fulano de tal mudou muito depois de seu novo emprego como contratado do serviço público municipal!

          Ora caros colegas leitores, existem duas diretrizes ocultas nessas duas situações. A mais revelante gravidade da falta de emprego em nosso país, primeiramente, pois se torna novidade e motivo de ascensão social o emprego em uma Prefeitura em uma cidade onde o poder público não detém claramente e publicamente políticas de investimentos para geração de emprego e renda, levando em consideração evidentemente as limitações geográficas, econômicas, financeiras, educacionais e estruturantes do município onde se deseja desenvolver. Onde os investimentos do poder público perde em gênero e grau para investimentos particulares, quando deveria ser o contrário, devido a robustez e liquidez financeira gozada pelo primeiro. Assim, a grande parte da população vivendo na informalidade total, a mercê de promessas políticas de emprego e empregabilidade isoladas e direcionadas, não eficientes, pois se ignora o verdadeiro caminho mais eficaz e construtivista, que é o investimento público nas demandas necessárias e o planejamento governamental, ocasiões tangentes nas cabeças pensantes de nossos gestores públicos. Não desmerecendo evidentemente o aspecto funcional e legítimo do trabalhador brasileiro, porém tentando mostrar conjuntamente com a nobre sociedade e respeitáveis leitores deste meio comunicável e virtual a pseudo política desenvolvimentista na educação do nosso país em consonância com o sistema autoritário, porém disfarçado de práticas democráticas a que nossos gestores públicos de cargos majoritários submetem seu corpo funcional direto e indireto.

          Em toda empresa, seja ela pública ou privada, a expressão do funcionalismo ou empregado denota o escopo organizacional de uma gestão. Primordialmente em gestões públicas, a priori, o silêncio é a melhor resposta para quem não as tem, e quando assim as mesmas aparecem em meios de comunicação audiovisuais, não mais se estendem a meras falas e falácias politiqueiras a mercê da sabedoria e do discernimento popular.

          O poder revelou mais uma vez, não era o inesperado, dos que pediam os humildes votos, se assim não preferiram fazê-lo de uma outra forma menos vexatória,  aos membros elegíveis de partidos políticos que mais parecem feudos mesopotâmicos. O poder revelou o que o povo já está acostumado, porém com insatisfação, sempre tentando mudar, para desespero de seus arrependimentos. O poder revelou a verdadeira farsa de uma campanha eleitoral que mais parece uma novela mexicana tão longe de ser global. Se tenhamos dúvida de que o poder revela ou revelou, pensemos nós um pouquinho nos planos de governos que ora se apresentavam, em cartilhas, panfletos, bandeiras, passeatas, comícios e até em DVD’s, pois tudo vale para se revelar posteriormente, mesmo que o show de mentiras possa custar a dignidade, porém, o que mais importa nesse momento é a revelação do poder, tendo como astro principal o mega star candidato que quando eleito, não cumpre sequer um terço de suas revelações eleitorais visto termos um sistema político falido, onde não existe a obrigatoriedade do que se promete com o que se é necessário.

          Mais uma vez, o poder revela diante de atitudes arrogantes de quem se acha dono e não somente um membro do poder constituído, desconhecendo ainda assim seu aspecto funcional momentâneo e temporal, porém como figura representante e não representativa do anseio e da vontade popular. O poder revela ainda a intenção de um candidato qualquer, visto ser o poder seu principal foco para que assim se possam estabelecer seus verdadeiros, impessoais e individualistas pseudos planos de governo. Direcionando contratos públicos, calando seus funcionários que mais parecem correligionários a mercê totalmente da prática do tecnicismo funcional e prevalecendo apenas aspectos políticos e negociatas de campanhas eleitoreiras. Assim o poder revela, para gestores descompromissadas com as demandas sociais, tornando-se muito mais um mito do que um mico. Para alguns, muito mais um mico do que um mito. Afinal, o poder revela e o mal político é a verdadeiro significado dos descasos sociais.

 

Nova Russas, 02 de junho de 2013

 

Mário Henrique

Contador

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