sexta-feira, 2 de agosto de 2013

24 ANOS SEM GONZAGA...


Luiz Gonzaga morreu no dia 2 de agosto de 1989, com 76 anos de idade. Seu corpo foi sepultado em Exu, sua cidade natal. Está imortalizado pela sua obra, que até hoje floresce adeptos em todos os cantos do mundo.
Gonzaga foi um ser iluminado, e de um dom musical impar, sem contar o grande contador de histórias que sempre foi. Era homem reto, disciplinado e tradicionalmente conservador.
Ninguem cantou com tanta alma o Nordeste, as coisas do sertão e colocou as aflições e alegrias do sertanejo em uma obra, como Gonzaga. Homem de uma percepção derradeira, de pensamento rápido, e palavreado de fácil aceitação, Luiz Gonzaga só semeou bem por onde passou, só trouxe alegria as pessoas, só as fez sorrir, enfim, se aqui se planta certamente a colheita é prospera. E tai o resultado, sua obra disseminada a anos, e com perspectiva de um crescimento cada vez maior.

Gonzaga, foi um dos poucos que narrou em seu canto, como seria depois da sua morte, na música "Hora do Adeus", escrita em 1967, ele narrou o que de fato queria dessa vida... Simplesmente fantastico, vejam abaixo:

Hora do Adeus
O meu cabelo já começa pratiando
Mas a sanfona ainda não desafinou 
A minha voz vocês reparem eu cantando
Que é a mesma voz de quando meu reinado começou

Modéstia à parte é que eu não desafino
Desde o tempo de menino
Em Exu no meu sertão
Cantava solto que nem cigarra vadia
E é por isso que hoje em dia 
Ainda sou o rei do baião

Eu agradeço ao povo brasileiro
Norte centro Sul inteiro
Onde reinou o baião
Se eu merecí minha coroa de rei
Esta sempre eu honrei
Foi a minha obrigação
Minha sanfona minha voz o meu baião
Este meu chapéu de couro e também o meu gibão
Vou juntar tudo dar de presente ao museu
É a hora do Adeus
De Luiz rei do baião

Eu na qualidade de grande apreciador da sua obra, faço nessas breves linhas esse registro, pois adjetivar Luiz Lua Gonzaga, é algo por demais difícil.

Saudades eternas...

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