É
falta de dinheiro ou farra de dinheiro?!
Não bastasse a orientação que a atual
gestão do município de Nova Russas sofreu com relação aos elevados gastos com pessoal
imposta pelo TCM-Ce, chegando a quase 70% do total da Receita Corrente Líquida
do município, ainda assim verifica-se atualmente, até o mês de julho desse
corrente ano um número assustador de contratos e cargos de comissão lotados na
Secretaria de Educação, onde 174 correspondem a contratados por
Prestações de Serviços e 99 por Cargos de Comissão, chegando
a um total de contratos de 273 Cargos Temporários contra 666
cargos efetivos nessa mesma página, ou seja, o número de cargos a mercê de
contratos de prestações de serviços e cargos comissionados, esses denominados
cargos de confiança do agente executor da pasta da educação do município
corresponde a 41% (quarenta e um por cento) do total do quadro funcional da
Secretaria Municipal de Educação do município de Nova Russas em especial. Não
estou levantando nesse comentário a possibilidade de um “BOOM” na folha de
pagamento total, visto que essa análise só está enfocada especificamente na
pasta educação; que fique bem claro! Continuando a explanação aos senhores
leitores, esses 41% que preenchem o atual quadro de pessoal na área da educação
do município corresponde a um gasto médio linear mensal de R$ 292.555,89, ou
seja, quase trezentos mil reais ainda com gastos em contratos temporários e não
se tem recursos para atender os servidores efetivos com suas listas justas e
legítimas de reivindicações trabalhistas. Não se tem espaço financeiro para
fazer concurso público; há isso não! Claro que não. Como o gestor irá
prosseguir com seu colégio correligionário, para não chamar de outro pseudônimo?
Ou ainda; como o gestor conseguirá pagar suas promessas de campanha com a
variável empregabilidade em atendimento aos que os chamam de “meus seguidores”?
É por isso que não se faz concurso, pois necessidade tem, já que existe vaga
para contratos temporários e espaço financeiro tem também às vistas e para quem
quiser compreender o óbvio e o evidente entre a movimentação contábil
apresentada pelo próprio Poder Executivo à Corte de Contas de Fiscalização dos
municípios cearenses em contradição com o discurso da tentativa de submissão à
capacidade e inteligência dos servidores públicos efetivos do município de Nova
Russas.
Nova
Russas, 29 de julho de 2013
Mário Henrique
Contador
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