MEU LAMENTO
“Rio Curtume”
(Por Socorrinha Holanda)
Ai! Que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida
dos velhos tempos passados
que os anos não trazem mais
Dos tempos em que a molecada
Pulava das minhas barreiras
Virando bunda-canaça
Na correnteza das águas barrentas
Em minhas enchentes, nas quadras chuvosas
Do tempo do “Rabo Branco”
No qual as muitas Beldades
Seus corpos bem feitos douravam
Deitadas sobre os Lajedos
Molhados com a água fresca e leitosa
Do tempo, quando seco o meu leito
Coberto com areias naturais
Serviam de fisioterapia
Pros pés chatos da criançada
E a outros tantos meninos
Sendo a fonte de lazer ao abrigar as famosas peladas
E hoje? Lixo, entulhos, capineiras ... concreto armado!
Quem sou eu, quem sou eu?
“EU SOU A SAUDADE DO RIO CURTUME”
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